domingo, agosto 13, 2006

Circe Revisitada

Lembras-te, Circe, dos passeios vagos, dados por entre os escombros da cidade, debicando pedaços de histórias, encantos subnutridos? Lembras-te dos olhares trocados, por entre pedaços de gelatina ambiciosa, escorrendo por entre os dedos da nossa carne? E o crepúsculo não pertencia aos deuses, roubávamo-lo todos os dias e revíamo-lo à mesma hora, naquele local escondido, longe de todos os olhares indiscretos.
Agora, já nada resta, apenas o reflexo dos canaviais, que me recorda, de tempos a tempos, o teu rosto. No fundo do lago, somente a lembrança fugidia do teu corpo, que repousa por fim, alheio a tudo, à memória dos dias passados juntos e ao sorriso longínquo de quem, outrora, sonhou por ti.

9 comentários:

  1. Anónimo8/14/2006

    Sentir no baste...

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  2. Anónimo8/14/2006

    Sr. Algazel,
    mande lá a Circe às urtigas e vamos colher amoras! ;)

    p.s: o(a) sr.(a). anónimo(a) devia querer dizer:"sentir NOS baste", não?

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  3. Anónimo8/29/2006

    Dos canaviais é a Morgadinha, amigo Algazel!
    A Circe passeia-se na ilha...

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  4. Anónimo8/29/2006

    E a ilha não pode ter canaviais?

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  5. Anónimo8/31/2006

    Não, não, não, Não, NÃO!
    Dr. Anónimo, eu explico:
    A Circe não é nenhuma pata choca para andar no meio dos canaviais. A sua ilha só tem arvores de fruta e muita erva.
    E, como bem sabe, esta feiticeira é de uma espécie particular de megera... Ela tem é um barco de borracha com um fundo transparente para ver os homens que transformou em criaturinhas marítimas - MUITO FEIAS!
    E assim se distrai dos dias que passam...

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  6. Anónimo8/31/2006

    Muita erva? De que tipo?
    Erva daninha?
    Erva de cheiro?
    Erva "que faz rir"?

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  7. Anónimo8/31/2006

    Erva danadinha!! :P
    (tão parvinha, livra!)

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  8. Anónimo9/06/2006

    Sobre o ciúme...

    "...fico/mais verde do que a erva. Sinto/Que vou morrer..."

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  9. Anónimo9/21/2006

    Este blogue anda um bocado paradote, não?

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