Um amor de pessoa
Quem conhece pessoalmente o Homem-Gargalhada, privilégio de que muito me orgulho, sabe bem que ele não é nada como o vulgo o pinta. As ideias feitas são o maior dos males humanos. Uma vez adquiridas impedem-nos de averiguarmos por nós mesmos, de perscrutar impérios, de sair de casa à noite em busca de monstros afectuosos, de tentar cair para sentir a dor na pele. Ora, com o Homem-Gargalhada passa-se o mesmo. Todos imaginamos uma implacável máscara de papoilas vermelhas por trás da qual se alberga uma singularidade maligna. Nenhuma verdade está presente nesta ideia. Eu que o conheço pessoalmente, posso afirmar que não encontrei, em toda a minha já longa vida, pessoa de trato mais fino, de amabilidade mais refinada, de voz mais graciosa, de coração mais terno. Em suma, um amor de pessoa.
3 Comments:
Afivela a máscara, então. :P
...que isto do cair da máscara revela muita coisa sobre a necessidade de a usar...
Gostaria muito de conhecer esse Homem Gargalhada.Talvez pudesse largar esta máscara de espinhos que me faz chorar sempre...
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