Søren Kierkegaard, um gigante entre os postes
Nascido numa família que quase completava duas equipas de futebol (era o último de dezassete filhos) cedo se viu obrigado a jogar à baliza, por inclemência e incumbência dos irmãos mais velhos. Dos pátios do bairro saltou para as escolas dinarmaquesas onde, vendo-se livre da autoridade que constantemente o remetia para entre os postes, percorreu todos os lugares da táctica. Mas o seu destino estava talhado e, em breve, mesmo contra a vontade da namorada, que preferia vê-lo ao ataque, voltou para a baliza. Desde essa altura não mais a deixou, ao contrário da namorada, Regine Olsen, que não suportou a decisão definitiva de Søren. Mais tarde evocará, no célebre Diário de um sedutor, os motivos deste afastamento que muito veio agradar às fãs.É seu hábito, nas conferências de imprensa, responder sob outro nome que não o seu (talvez para escapar às muitas apaixonadas que vai acumulando). A sua actividade desportiva vai muito além da prática, pois na verdade Søren é também autor de alguns tratados muito difundidos que versam sobre a arte de bem defender. Temor e tremor, o mais clássico de entre eles e que aborda a angústia do guarda redes antes do penálti, e Pensamentos Sobre Situações Cruciais, que trata pormenorizadamente do modo como sair ao jogador ou de entre os postes, são dois bons exemplos. No domínio do jogo, o sentimento de si e o domínio da área conferem-lhe a autoridade com que, de uma forma única, se lança para a bola e grita: “é minha”. Em suma, um gigante.

5 Comments:
keep the faith, keep the faith!
ui ka bom!
Kierkegaard... in deed a Giant.
Permitam-me referir aqui a obra "O Desespero é A Doença Mortal", porquê referi-la poderão inquirir... talvez porque o futebol é uma doença mortal (perdoem-me a acutilância mas football really sucks!) e também porque queria lançar uma acha para a fogueira...
" ,,, eternamente morrer.... morrer a morte. "
Depois disto só nos resta uma de duas hipóteses :
- batermos com a cabeça nas paredes ou ,
- enrolar um belo dum ... you know what.
És tão esperto, madadayo!
Eu prefiro "enrolar um belo dum...you know what!" :)
Com Dum Dum é o fim!Pum!
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