quinta-feira, julho 07, 2011

A verdadeira história do Tio Firmino

Nota: este texto, embora foque uma ou outra situação autobiográfica (todos os textos contêm referências autobiográficas), não corresponde, no seu todo, aos pensamentos e vivências do autor.

O autor vive num clima de grande satisfação a nível profissional e aproveita para agradecer a todos os que o ajudaram na sua longa jornada pelos meandros da escrita. É fantástico e gratificante poder publicar um livro.

Criei este personagem mimado e fútil (e suspeito, pouco talentoso) para poder apenas brincar com a imagem do jovem escritor auto-centrado. É claro que a graça aumenta (para mim) se misturar certos aspectos autobiográficos.

E é isso!

Obrigado a todos os leitores e a todos os que me têm acompanhado. As minhas obras pertencem-vos também e adoro-os!

Um Xi-coração do vosso autor!!

E agora segue-se a farsa;

3

2

1

Levanta-se o pano


Personagens:

JOVEM ESCRITOR: Com uma idade de jovem escritor

HOMEM: com uma idade de homem, digamos 50 anos ou 60 anos ou talvez 42 anos

Praça central de uma cidade de província. Tarde de sol. Ao longo da praça estão montados alguns pavilhões, dentro dos quais se encontram várias mesas com livros. No centro da praça há uma mesa rectangular, com uma cadeira, onde está sentado um JOVEM ESCRITOR. Em cima da mesa vemos 10 livros e há um papel, com a inscrição: “SESSÃO DE AUTOGRÁFOS – APRESENTAÇÃO DO LIVRO “AS AMEIXAS DO POLÍCIA” DAS 17 ÀS 18.30”.

JOVEM ESCRITOR (com um ar enfadado e falando entredentes) - e não é que já são 17 e….(olhando para o relógio) 17 horas e 20 minutos e ainda não apareceu uma alminha sequer no centro desta praça empoeirada desta cidade de província. Ah, será que está a decorrer algum importantíssimo desafio de futebol? Será a apresentação oficial do novo equipamento do FC VITÓRIA CLUBE SPORT? Ou haverá alguma coisa mais importante noutro local da cidade? Já sei, foram todos ao Shopping, como se diz por aqui, comprar alguma coisa, talvez haja por lá outra sessão de autógrafos de algum escritor importante, como um futebolista, ou alguma coisa do género. Ou então foram à praia, resolveram passar o fim-de-semana fora, daqui até ao litoral é um pulinho, uma coisa de nada, o quê? Sessenta quilómetros, mais coisa menos coisa, e o pessoal foi todo para a praia apanhar sol, qual crise qual quê, queremos é estar todos divertidos, não é? O que interessa uma sessão de autógrafos de um escritor desconhecido, na praça central da cidade? Por acaso, é uma praça central bem bonita, aquelas árvores ao fundo, aqueles edifícios do estilo gótico, ou será barroco…eu, se morasse aqui, andaria sempre metido nesta praça, se pudesse. E a feira do livro? Tem um aspecto bastante aprazível, quem me dera morar cá, só para ir passear para esta feira do livro tão gira, com estes escritores promessa tão simpáticos, anunciados na nota de rodapé daquela revista que eu só comprei porque aparecia lá a referência ao meu nome. Mas pronto, que horas são? (olha para o relógio) 17 horas e 25 e cinco minutos!? Oh diacho, nesta terra, o tempo não passa, o tempo voa , senhoras e senhores, vejam lá o milagre da passagem do tempo, mas como diz o outro, quando a gente se diverte o tempo passa num esfregar de olhos e eu estou tão divertido a contar as pombinhas a comer o milho ou a olhar para aquela velha estúpida que está à janela daquele terceiro andar a mirar-me…o que é que foi, ó velha? Nunca viste um escritor promessa numa sessão de autógrafos de uma cidade de província vazia porque foi tudo ver a apresentação do novo equipamento do FC VITÓRIA SPORT CLUBE DESPORTIVO DA PUTA QUE O PARIU? Vai morrer longe, ó velha. Não tens dinheiro para me comprar o livro, é? Cortaram-te as pensões da reforma? Não tivesses votado no partido liberal, sim porque eu sei que nesta bela cidade à beira rio plantada, cerca de 60% das pessoas votaram no partido liberal e já se sabe que os velhos têm tendências fascistas, por isso, votaste no partido liberal, por isso agora lixas-te, oh velha, e só podes olhar pela janela e não podes ir aqui à praça central, a esta bela praça central, onde os pombos cantam como rouxinóis ou urinóis, mas não podes ir a esta praça central comprar-me o livro. Não é que isso sirva para alguma coisa, pois deves ser analfabeta, certo? Ou pelo menos meio cegeta e não ias perceber metade disto tudo. Mas também não deve ser o teu estilo, isto é um livro de contos, não é um guia das telenovelas nacionais nem fala do casamento do príncipe das Astúrias do Principado, por isso mais vale manteres-te afastada, a micar-me com o teu rendimento mínimo votado e legalizado nas urnas. E que horas são agora? 17 e 30? Fantástico! Como a gente se diverte por aqui!

(entretanto, aproxima-se uma pessoa do centro da praça. Trata-se de um homem com cerca de 50 anos ou 60 anos ou talvez mesmo 42 anos, aparentemente sem grandes traços distintivos)

JOVEM ESCRITOR – o quê? Será que os meus olhos me enganam? Será uma miragem, provocada por esta vaga de calor? Vejo um vulto a aproximar-se? Haverá vida por aqui? Como é que conseguiu surgir vida num local tão agreste e destituído de interesse? É milagre! Deus! Afinal EXISTES!


(o homem aproxima-se devagar e pára em frente à mesa do jovem. Fica a olhar para o papel e para a capa do livro. Até que começa a falar).

HOMEM – é o primeiro livro?

JOVEM ESCRITOR – perdão?

HOMEM – perguntei se era o primeiro livro que escreve…

JOVEM ESCRITOR – é sim, publiquei-o agora mesmo, saiu há duas semanas…

HOMEM – e já começou a escrever o segundo?

JOVEM ESCRITOR – perdão?

HOMEM – perguntei se já começou a escrever o segundo livro. É importante não parar.

JOVEM ESCRITOR – sabe…agora estou a promover este livro, é um livro de contos chamado…

HOMEM – oh jovem, eu sei o nome do livro, está aí escrito. Perguntei só se já tinha começado a escrever o segundo livro. É importante não parar.

JOVEM ESCRITOR – olhe, as coisas não são assim tão simples. Repare, para começar a escrever um livro, é preciso saber exactamente do que vai tratar.

HOMEM – o importante é não parar.

JOVEM ESCRITOR – certo. Tem toda a razão. É importante não parar, mas no mundo editorial e neste mundo actual em que vivemos, onde somos inundados por informação e por novas edições, não podemos estar sempre a editar livros, há que saber esperar…

HOMEM não podemos esperar, sem continuar a escrever. O importante é não parar.

JOVEM ESCRITOR – e tem toda a razão! Mas já leu o livro?

HOMEM – eu não! Não tenho tempo para essas coisas, tenho a vida muito ocupada.

JOVEM ESCRITOR – tem toda a razão, a vida agora ocupa-nos muito, estes dias com 24 horas são tramados…

HOMEM- pois, mas isso não é desculpa para deixar de escrever. O importante é não parar. Olhe, devia estar a escrever neste momento.

JOVEM ESCRITOR – agora?

HOMEM –sim, agora mesmo, neste preciso instante. O importante é não parar.

JOVEM ESCRITOR – mas neste momento estou a falar consigo.

HOMEM – sim, mas escreva enquanto fale. Aponte ideias.

JOVEM ESCRITOR – quais ideias?

HOMEM – quais ideias? Tudo! Olhe, até pode escrever sobre esta conversa!

JOVEM ESCRITOR – qual conversa?

HOMEM – esta que estamos a ter!

JOVEM ESCRITOR – desculpe estar a perguntar isto, mas qual é o interesse desta conversa?

HOMEM – qual é o interesse? Acha que esta conversa não interessa?

JOVEM ESCRITOR (depois de respirar fundo)– perdão, acho que esta conversa é extremamente interessante e muito rica (pelo menos para mim), mas os leitores querem sempre algum…sei lá…drama, acção, emoção…

HOMEM – sim, percebo…então, quer drama? Olhe aqui para o meu nariz!

(o JOVEM ESCRITOR olha atentamente para o nariz do HOMEM, mas não nota nada de esquisito)

JOVEM ESCRITOR – desculpe, mas não noto nada de…talvez esteja um bocadinho queimado? É isso? Queimou-se no fogão da cozinha? Deixou os bicos ligados? Ou foi num acidente de automóvel? Ia sem o cinto posto e o pneu traseiro esquerdo do automóvel rebentou?

HOMEM – nada disso, rapaz! O meu nariz é torto! Não nota?

(o JOVEM ESCRITOR aproxima-se do nariz do HOMEM e observa-o muito atentamente)

HOMEM – uma narina é um bocado mais aberta que a outra. Isto é porque a cana do nariz está meio torta. Fui uma vez ao médico e ele disse-me que me pode tratar com uma cirurgia. O problema é que a cirurgia é cara e é preciso fazer com anestesia geral. Sabe, eu tenho medo das anestesias gerais, uma vez o meu tio Firmino acordou no meio de uma operação e….

JOVEM ESCRITOR – sim, estou a compreender…mas o que tem o seu nariz a ver com as minhas histórias?

HOMEM – nunca consegui respirar bem. Não entra todo o ar pela narina esquerda. E isso faz-me ficar mais cansado, às vezes fico irritadiço, enfim…é um drama….e depois, fico sempre emocionado quando penso que posso vir a respirar bem, mas…

JOVEM ESCRITOR – sim, estou a perceber e estou a ver que a sua história é bastante dramática, mas não me parece que os leitores queiram saber…

HOMEM – a minha história não é suficientemente interessante? Então fica aqui outra: na aldeia onde nasci havia um homem com uns dedos das mãos muito largos. O resto do corpo era normal, a cara, os braços, mesmo o tamanho da mão. Mas aqueles dedos eram largos, pareciam batatas. Por isso, chamavam-no Doutor Maçanetas. Não sabiam bem porque é que ele tinha os dedos assim, uns diziam que era porque roía as unhas…

JOVEM ESCRITOR – essa história parece ser muito interessante, mas as coisas comigo não funcionam assim, eu escrevo por inspiração, conto o que me vem à cabeça, não tenho um bloco que me diga o que devo dizer nem obedeço a um programa pré-estabelecido….

HOMEM – mas deve apontar o que ouve. Eu nem devia estar a falar consigo. Os escritores são perigosos. Deve estar a apontar mentalmente o que lhe digo e vai meter na próxima história…

JOVEM ESCRITOR – esteja descansado. Eu não meto esta conversa em história nenhuma.

HOMEM – agora devia era escrever um Romance. Uma coisa de vulto.

JOVEM ESCRITOR – estou a pensar nisso. Quero ver se penso num enredo.

HOMEM – pense à vontade. O importante é escrever. Não deve ficar parado.

JOVEM ESCRITOR –esteja descansado.

HOMEM- não quer apontar isso?

JOVEM ESCRITOR- isso o quê?

HOMEM- isso de “o importante é não ficar parado”. Dava uma ideia gira para uma história. Uma pessoa que quer ficar parada e não consegue e vice-versa.

JOVEM ESCRITOR- acho que me consigo lembrar da ideia.

HOMEM – olhe, vou ter de ir andando.

JOVEM ESCRITOR- não me quer comprar um livro?

HOMEM – acha que sim, amigo? Não tenho tempo para essas coisas.

JOVEM ESCRITOR – e a sua mulher, não quererá comprar-me um livro?

HOMEM – acha que sim, amigo? Ela não tem tempo para essas coisas.

JOVEM ESCRITOR – e o seu filho, não quererá comprar-me um livro?

HOMEM – acha que sim, amigo? Ele não tem tempo para essas coisas.

JOVEM ESCRITOR – e a sua filha, não quererá comprar-me um livro?

HOMEM – acha que sim, amigo? Ela não tem tempo para essas coisas.

JOVEM ESCRITOR – e os seus vizinhos, não quererão comprar-me um livro?

HOMEM – acha que sim, amigo? Eles não têm tempo para essas coisas.

JOVEM ESCRITOR – e o seu cão, não quererá comprar-me um livro?

HOMEM – por acaso, o meu cão tem um exemplar do seu livro. Roubou-o da FNAC. Adorou o livro, devorou-o em cinco minutos. O meu caro amigo tem de escrever mais livros, para o meu cão roubar da FNAC. O importante, acima de tudo, é não ficar parado. Continue a escrever, não fique aí sentado, parado. Olhe, até podia fazer uma história sobre uma pessoa que escreve e quer vender os livros e não consegue e…

JOVEM ESCRITOR – estou a perceber, é uma boa ideia…

HOMEM – ou então pode escrever uma história sobre…

JOVEM ESCRITOR – olhe, boa ideia! Vou escrever agora mesmo!

HOMEM – então se vai escrever, deixo-o em paz…

JOVEM ESCRITOR – sim, vá lá à sua vida e obrigadinho!

(o HOMEM afasta-se)

JOVEM ESCRITOR (com um ar enfadado e falando entredentes) – fantástico! Acabei de ter uma aula com um professor de escrita criativa! E foi de graça! Isto há dias de sorte! O professor de escrita criativa quase que me comprava o livro, mas vejam lá! Não tem tempo! Não tem tempo para ler umas míseras 110 páginas com letras grandes e parágrafos de cinco em cinco linhas, para não cansar a vida do distraído leitor! Mas não tem tempo! Vai a correr ver a apresentação do novo equipamento do SPORT CLUBE VITÓRIA ETERNA FC e de caminho vai a um picnic organizado por alguma grande superfície comercial ouvir as músicas do grande cantor romântico do momento! Ele que vá! Eu fico aqui sentado! E que horas são? (olha para o relógio). 18 horas?! Como o tempo voa nesta magnífica cidade de província, local que fervilha de actividade e onde as ideias brotam como cogumelos venenosos! Ah, mas o importante é não ficar parado! Não ficar parado nesta actividade tão solitária como é a da escrita! Eu devia era ter trazido o jornal, a Dica da Semana, ainda não acabei de fazer o sudoku desta semana. E tenho o telemóvel sem bateria, não posso jogar snake, e ainda tenho de ficar mais meia hora, o pessoal da editora disse-me “ficas lá das 17 até às 18 e 30, nós não te podemos acompanhar ao evento, temos de ir à praia ou passear com a família, mas boa sorte, desemedar-te e vende uns livros, estamos a contar contigo com a tua boa disposição com a tua proactividade e com a tua linda cara que te há-de levar tão longe e que é tão boa para meter nas badanas dos livros e naquelas fotos grandes para se meter nas livrarias ao lado do Miguel Sousa Tavares e daquele escritor que agora é secretário de Estado”! É isso, meus irmãos, o importante é não estar parado! Faça-se-lhes a vontade, se é o UNIVERSO que quer que eu escreva!

(muito devagar, e com um gesto solene, mas com um ar meio enfadado, o jovem escritor abre a sua mala de tiracolo e tira de lá um bloco de notas, que tem o título “ideias para contos, etc.”)

JOVEM ESCRITOR – como é que era mesmo a história do DOUTOR MAÇANETAS?

18 Comments:

Anonymous alfinete de dama said...

Gostei da última parte do texto (dialogo entre jovem escritor e homem). A primeira parte achei-a impaciente e ressentida. "Roma e Pavia não se fizeram num dia"... e para quem demorou tanto a "dar o salto", parece-me despropositado. Mesmo que não passe de uma singela ironia.
;)

7/07/2011  
Blogger Lugones said...

A primeira parte do texto é puramente ficcional e não corresponde à opinião de quem escreveu o texto. Sendo ficcional, poderemos falar de ressentimento do personagem.

7/07/2011  
Blogger Lugones said...

Em lugar nenhum do texto se diz que o jovem escritor demorou muito tempo a dar o salto. A cara alfinete de dama está a tentar ver dados biográficos por aqui :)
Até porque eu já não sou assim tão jovem e não tenho a presunção de me julgar escritor.

7/07/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

ah ah ah :D gostei do acrescento ao texto em jeito de advertência
;)
sim, um personagem ressentido e azeiteiro :p
(ares do norte?)

7/07/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

(p.s.: a semi-ficção baralha-me :p não sei o que faz parte da personagem e o que faz parte de autor. pode ser interessante, mas com certo(s) ton(s) torna-se incómodo...)

7/08/2011  
Anonymous Nortenho Azeiteiro said...

Alfinete de Dama, não seja pacóvia...

7/08/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

O que é ser pacóvia, Nortenho A zeiteiro?
Se ser pacóvia é uma questão de gosto, pois, então, sou pacóvia.
Não aprecio stand up comedy.

7/08/2011  
Anonymous Nortenho Azeiteiro said...

Não conheço os seus gostos, mas não tem o direito de rotular assim as pessoas do norte.

7/08/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

(é preciso ser-se muito habilidoso para se saber ter graça. e penso que neste texto específico, o jovem escritor não conseguiu nem converter, nem inverter conteúdos. muitas vezes, consegue. já li aqui textos muito inspirados. não foi o caso.)

7/08/2011  
Anonymous Nortenho Azeiteiro said...

Não me estava a referir ao texto, mas ao seu comentário insultuoso para as pessoas do norte.

7/08/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

foi, de facto, um rótulo generalista. nada pessoal, como deve calcular. e prendia-se (ou prende-se) com o facto de, no Norte, as pessoas gostarem de usar coloquialmente o calão.

7/08/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

de todo o modo, eu venho aqui comentar textos e não comentar comentários.
;) e :p
(odradekzinho?)

7/08/2011  
Anonymous Nortenho Azeiteiro said...

Usar coloquialmente o calão é sinónimo de azeiteiro?

7/08/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

depende do tom e do conteúdo. e como já referi, neste texto específico o jovem escritor não se conseguiu haver nem com um, nem com outro.

7/08/2011  
Anonymous Nortenho Azeiteiro said...

Parece-me que está a libertar frustrações em forma de comentários...

7/08/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

??

7/08/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

a mim parece-me mais que quem libertou frustações através de o/um texto foi o jovem escritor. (de outra forma, o episódio autobiográfico nao lhe tinha inspirado estas linhas, neste tom).
estou a dar-lhe a minha opinião, que obviamente, vale o que vale... mas sei muito bem que ele é capaz de fazer melhor.
e fico-me por aqui.

7/08/2011  
Anonymous alfinete de dama said...

(mas já agora, só por curiosidade, o que é que o azeiteiro do norte tem a dizer sobre este texto? dos meus comentários, eu já sei o que acha ;D)

7/08/2011  

Enviar um comentário

<< Home