terça-feira, abril 11, 2006

O Efeito Borboleta

Uma borboleta bate as asas e a teoria do caos emerge...será que o caos existe na ordem ou será a ordem apenas uma excepção à regra no mundo dos sistemas dinâmicos e na natureza? Olhamos para os fractais e tudo se repete inesgotavelmente (aucun ne se ressemble à aucun) num vórtice acelerado que tende para o infinito (et ne s'arrête jamais).
A Arte em si mesma poderá ser uma manifestação deste caos ou será ela apenas manifestação per si...muito se tem teorizado sobre este tema, mas a Arte surge por intermédio da ideia, do conceito e, actualmente, materializa-se em vários suportes, sejam estes telas; multimédia; instalações e outros tantos. Nunca, como nesta época, a Arte foi tão difundida e, no entanto, tão fragmentada e obscura. Será a Arte objecto ou sujeito, produto ou motor de produtividade?
Se procurarmos a Arte como a procura do Belo (kalon em grego), então teremos de considerar os primeiros Tratados Estéticos que surgem precisamente na Grécia e foram os Poetas que primeiro se preocuparam com a ideia de Belo. São as suas produções artísticas (poesia; música; tragédia e dança eram considerados artes expressivas e atribuíam-lhes uma função catártica), que levam a reflectir sobre essa ideia. A Arte grega, nos seus primórdios, é dominada pela técnica, depende da norma, da Lei (nomos) e o Belo, como conceito, rege-se pela ordem.
Eis que surge Aristóteles e se dá uma ruptura epistemológica, pois este afirma que a Arte é criação:
" A Arte procede das coisas da alma"
" O princípio da Arte está em quem produz e não no produzido".

Portanto, voltando às perguntas anteriores, a Arte é objecto em si mesmo e dualmente é sujeito, pois encerra em si o acto criador.
Quanto ao facto de ser manifestação do caos ou apenas manifestação, poderemos considerar ambas as hipóteses, dado que a Arte é seguramente manifestação e que o caos é inerente a todo o universo do qual o ser humano faz parte.


....escrevo, a sandes de jámon tarda, e eu que pedi com muita manteiga...
Deixo-me embalar pelo zumbido das moscas...
Maestro, pode mudar de canal, o que vai na televisão começa a incomodar-me o fio dos pensamentos.
E olhe, aproveite, e pode oferecer um sumo de laranja àquele cantor de intervenção que está lá ao fundo.
Diga-lhe que veio da minha parte e que folgo em revê-lo por estas paragens tão desocupadas.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ontem saí de casa, coisa que já não fazia há uns dias, e iniciei o chamado "passeio dos tristes". Tem estado um tempo fantástico e eu senti-me tão bem por respirar ar puro!
Uns passos à frente e ,vinda não sei de onde, apareceu uma borboleta a esvoaçar mesmo à minha volta. Continuou a voar e parecia que ela me mostrava o caminho a seguir. Senti-me num daqueles anúncios de perfumes. Mas gostei de me sentir assim, absolutamente ,,,,livre. Mais tarde o Povo disse-me: não sei para que é tanta lamechice! Olha que não é só uma borboleta que faz a Primavera!!!!!!

5/02/2006  
Anonymous Anónimo said...

Daisys up your butterfly!

5/04/2006  

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