terça-feira, março 28, 2006

Soneto H – IV

No termo de minha triste vida
Me pôs aquela que por despeito
Logrou atear meu peito
Sobre mim lançando sida.

Ainda agora meu ânimo recobro
E já nem mais amar eu posso
Se minha pele de adamanto coço
E é a duras penas qu’ inda obro.

Mas nos traços de seu rosto vejo
Um doce olhar que me diz silente:
“Foi sem dor que eu te dei, sem pejo,

transmitindo-te como quem mente
um terno vírus cuja heróica via
te há-de levar, de rastos, à apatia!”

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A mais branca carne do ser que se ama é a que o vidro partido irá cortar e a que a roda irá esmagar...

4/24/2006  
Anonymous Anónimo said...

Enquanto eu beijava Agatão, a minha alma veio aos meus lábios: Ela queria, a infortunada, passar para ele!

5/04/2006  

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