Não é uma dor, não é propriamente uma dor. Nem uma espera. Não. É como se sempre tivesse estado presente e eu o reconhecesse, nem é uma dor nem a esperança, mas sim o que sempre esteve e estará. O presente eterno, a combustão de tudo. Não é que ignore a nossa presença, mas o presente eterno não é uma dor nem uma esperança, por isso não é humano, não compreende palavras. E acontece, por vezes, reconhecermo-nos, e ficarmos parados, presentes, contemplando-nos. No fim, quando já se torna insuportável para mim, eu quase que choro, e ele fica, por aí, sem dor nem esperança.
3 Comments:
Hmmm... não é uma dor, nem esperança, só - talvez - uma insinuação de vontade de nada ou um trágico carpe diem.
«Que farei se trago comigo tamanho inimigo de mim?»
" Vós sois como a àrvore de momiji, cujas folhas mudam de cor com as estações; eu sou como o pinheiro, do mesmo verde constante em todos os dias do ano."
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