Soneto H – IV
No termo de minha triste vida
Me pôs aquela que por despeito
Logrou atear meu peito
Sobre mim lançando sida.
Ainda agora meu ânimo recobro
E já nem mais amar eu posso
Se minha pele de adamanto coço
E é a duras penas qu’ inda obro.
Mas nos traços de seu rosto vejo
Um doce olhar que me diz silente:
“Foi sem dor que eu te dei, sem pejo,
transmitindo-te como quem mente
um terno vírus cuja heróica via
te há-de levar, de rastos, à apatia!”
Me pôs aquela que por despeito
Logrou atear meu peito
Sobre mim lançando sida.
Ainda agora meu ânimo recobro
E já nem mais amar eu posso
Se minha pele de adamanto coço
E é a duras penas qu’ inda obro.
Mas nos traços de seu rosto vejo
Um doce olhar que me diz silente:
“Foi sem dor que eu te dei, sem pejo,
transmitindo-te como quem mente
um terno vírus cuja heróica via
te há-de levar, de rastos, à apatia!”
2 Comments:
A mais branca carne do ser que se ama é a que o vidro partido irá cortar e a que a roda irá esmagar...
Enquanto eu beijava Agatão, a minha alma veio aos meus lábios: Ela queria, a infortunada, passar para ele!
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