A Passagem dos Séculos
Os séculos estão a ficar cada vez maiores. Em cada século surgem cada vez mais novidades, tomando sempre novas qualidades. No espaço de um século quase foi possível destruir a terra e ao mesmo tempo perceber que sem ela não seríamos nada. Os séculos começam a estender os seus limites para além do inimaginável, a tal ponto que parece já não haver papel na terra para escrever todas as listas como, os melhores filmes do século, as melhores cadernetas de cromos do século, os melhores murais do século, os melhores samurais do século, o melhor homem-gargalhada do século... Parece-me, e é bem provável que só eu pense assim, que os séculos estão a tornar-se maiores, no sentido de que é possível começar um século na pré-história (como o séc. XXI) e acabá-lo numa galáxia fora do grupo local. Este final a minha vida não mo concederá certamente, mas digam lá se isto não é tornar um século quase infinito?
6 Comments:
O facto da velocidade ser maior, só provoca tensão alta e arritmias!
Ai que a grandeza humana morre numa trombose apocalíptica!
O homem n é de infinitos: é a sua verdade mais traumática.
A aveugle.papillon está enganada: o homem, sim, é de infinitos. Melhor ainda, virtuais. E depois, a verdade já não interessa a ninguém, por mais traumática que seja. É a verosimilhança!
Com virtualidade e verosimilhança quer dizer interpretação? Então, tem toda razão, a hermenêutica tornou-se infinita.
Mas eu n falei de verdade, falei de uma verdade, uma doença, neste caso, ou melhor, um trauma. E os traumas n saram. Podemos é ter consciência deles, mas isso n significa a sua cura.
Em todo o caso, obg pelo apontamento.
sim, chère papillon, os traumas não saram, mas as personalidades que as sofrem têm cura.
Tem que me explicar isso melhor, Dr. Hipócrates.
No divã, talvez.
Anda aborrecido, Sr. Algazel?
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