quinta-feira, setembro 11, 2008

O post escrito por Joaquim Nando- parte 1- introdução

Permitam que me apresente: o meu nome é Joaquim Nando. Fiz parte, em tempos, de um blog chamado “A Vida de Joaquim Nando”. Contudo, apesar de nesse blog contar a minha vida, o meu nome não é Joaquim Nando. Nem sequer sou Joaquim. Muito menos Nando. E, apesar de, nesse blog, contar a minha vida, não era mesmo a minha vida. Era a vida do Joaquim Nando. Que não sou eu.
Agora, sou autor deste post. Nem sou, sequer, seu autor. Porque, no ângulo, sou comentador. E este post será creditado ao Lugones, ao Boécio, ao Algazel ou à Safo. Ora, eu não sou nenhum deles. Porque eu sou o Joaquim Nando. Que nem sequer sou eu. Nem eles se chamam Boécio, Algazel, Safo ou Lugones (acho eu, que não os conheço). Apenas conheço a máscara de pétalas de papoila vermelha que um deles envergava hoje, quando apanhou o meu manuscrito. Vi-o de relance, quando olhei para trás. Sei que não devia ter olhado para trás, porque eu prometi não o fazer. Mas eu sou o Joaquim Nando e faço coisas dessas. Ou não sou, mas sou-o, quando olho para trás, de soslaio, ou quando olho para trás, de soslaio, deixo de ser o Joaquim Nando e passo a ser eu, ou um personagem do Ângulo, essa hidra literária ou Cérbero pós-moderno.
Mas estou a divagar. Vou agora publicar o meu texto. Ou o texto do Ângulo, escrito pelo Joaquim, que não é Nando, nem Joaquim, apenas eu, que não sou eu, mas a Safo ou o Boécio ou o Algazel ou o Lugones.
Sei que os autores deste blog gostam de literatura latino-americana. Ora, eu estive, há uns meses, a frequentar o primeiro ano do Curso de Espanhol do Instituto Cervantes. Vou fazer o meu melhor e tentar escrever um texto em espanhol, com os meus fracos recursos de aluno de A1. Aqui vai ele. Obrigado.


(continua)