Histórias Para Crianças, Com Finais Felizes- 1
Naquele dia, a Rainha respondeu, confiante, ao seguinte Quiz: de entre todos os seus amigos de Facebook, há algum mais belo do que você?
A resposta não tardou, e enraiveceu a Rainha: havia, de facto, entre os seus contactos, uma mulher mais bonita do que ela: tratava-se da Branca Deneuve, famosa por ser famosa, e por usar belos colares de diamantes, fabricados pelo seu séquito mais próximo de admiradores, uma bizarra trupe de anões.
“Ah, mas isto não pode ficar assim”, pensou a terrível Rainha. E resolveu acabar com a saúde da pobre Branca Deneuve.
Para isso, empregou-se como sua Criada, e Assistente Pessoal. A anterior Assistente de Deneuve fora despedida, de véspera, e havia uma vaga.
A Rainha disse que vinha do Leste da Europa, o que agradou sobremaneira à bela Deneuve, que achava “giro” falar com pessoas desse país tão distante, e com um nome tão esquisito, como “Leste da Europa”.
“Como é que se chamam os habitantes do Leste da Europa? São os Lestos?”.
“Lesta vou ser eu a acabar-te com o sebo, sua idiota”, pensou a Rainha.
A Branca Deneuve começou a ditar algumas das tarefas da sua futura Assistente Pessoal.
“Olha, em primeiro lugar, fica a saber que eu sou actriz, e apresentadora de programas juvenis. Mas não consigo decorar palavras, eu sou, tipo, uma jovem que curte movimento e tar sempre a mexer-me, e sou bué desconcertada, não consigo ler duas linhas de palavras, tás a ver? Assim, vais ter de me ler os textos todos para um microfone, que está ligado a um oracular na minha orelha, pa eu ouvir e dizer tudo bem, vais ser, portanto, a minha orácula, yá?”.
“Yá, respondeu, enfastiada, a Rainha”.
“Em segundo lugar, eu curto bué frutas, mas não curto tar a tirar as garinhas das uvas, ou a tirar os caroços das cerejas. Por isso, vais fazer isso pa mim, tá? Se quiseres, podes comer as garinhas e as cascas das furtas, aí no Leste devem passar bué fome, não é?
“Yá”, respondeu, irritada, a Rainha.
“Vá, agora vai mas é trabalhar”.
A Rainha teve de fazer todos os serviços domésticos - lavar, varrer, cozinhar, e era alvo de deboches e malvadezas. Mas não esperou pela vingança. Um belo dia, pediu aos seus amigos, os animais da floresta - passarinhos, ratinhos e esquilos, para lhe trazerem uma enorme quantidade de cerejas, com os maiores caroços que encontrassem.
E assim foi. Na manhã seguinte, havia dois caixotes cheios de enormes e suculentas cerejas.
Depois, a Rainha chamou Branca Deneuve:
“Querida Patroa, veja o que a minha família me mandou, lá da Europa de Leste, em Sua Honra!”.
“Oh, que bonito!”, respondeu a nossa heroína. “Não sabia que havia tanta comida no teu País! E tem um ar tão suculento! Pensava que no teu País, a comida devia ter moscas à volta!”.
“Garanto que a fruta está toda tratada!”, respondeu a Rainha. “E já tirei todos os caroços!”.
Nem foi preciso dizer mais nada. Branca Deneuve engoliu, de um só trago, umas vinte cerejas.
Depois, empalideceu, e caiu redonda, no chão, pois ficou sufocada com os caroços da fruta.
“Oh!Oh!Oh!”, disse a Rainha, antes de se ir embora, à pressa, para casa, experimentar os novos Sapatos de Cristal que ia usar essa noite, num Baile.
O corpo de Branca Deneuve ficou inanimado, no chão. Não tardou que os anões a encontrassem. Mas não pensaram que estivesse morta. Acharam que estava, somente, a dormir. Isto porque os anões tinham estudado Teologia, e tinham lido muito Kierkegaard, que lhes tinha dado a volta à cabeça. Eram grandes fãs de “Ordet”, de Carl Dreyer. Não perceberam nada da leitura de Kierkegaard, e adormeceram a meio do visionamento de “Ordet”, mas acharam, por bem, guardar o corpo num caixão de vidro, até aparecer alguém que dissesse a Palavra que salvasse a sua patroa.
E passaram os anos. O Caixão de Branca Deneuve ficou mais concorrido que o de Lenine, e tornou-se o ex-libris da cidade. O Arquitecto Frank Gehry construiu um bonito Edifício para albergar o seu Mausoléu. O Edifício continha, também, um Auditório, para nele se realizarem Peças de Teatro de Revista, e um Casino, com muitas roletas, mesas de jogo, e bonitos espectáculos de StripTease.
Não eram poucas as celebridades que iam lá tirar fotos. O corpo de Branca Deneuve continuava belo e imaculado, e surgiram várias Associações Religiosas Pró-Canonização da pobre mártir.
As pessoas assistiam a Peças no Teatro de Revista, e saíam de lá, de joelhos, até ao Túmulo de Branca Deneuve, para pedirem um milagrezinho, uma ajuda para os males de amor, ou para ganhar na roleta.
Muitos tiravam fotos, a dar um beijo ao corpo inanimado da Nossa Heroína, depois de pagarem uma quantia à Organização do Espaço.
E eis que apareceu o Príncipe do costume, belo, viril, mas bondoso e sensível, sem ser homossexual, que se apaixonou perdidamente pela pobre Deneuve.
O Prìncipe ajoelhou-se, a chorar, junto do seu leito. Os anões segredaram-lhe ao ouvido: “Príncipe, a Branca Deneuve não está morta, está só a repousar. Para ela acordar, tens de a beijar, e dizer-lhe A Palavra”.
O Príncipe pareceu não compreender o que os anões lhe diziam. Limitou-se a beijar os lábios vermelhos, e gelados de Deneuve.
De seguida, segredou-lhe ao ouvido: amo-te!
Nesse instante, os olhos de Branca Deneuve abriram-se, e ela abriu a boca, dizendo: “Tenho fome! Não me descascam umas uvas, ou umas cerejas?”.
O Príncipe riu-se, e começou a descascar-lhe todo o tipo de fruta que encontrava. E foram felizes para sempre.
Epílogo
Para sempre? Não! Isto porque, durante a noite de núpcias, no momento em que o falo do Príncipe ia provar os outros lábios de Branca Deneuve, um enorme meteorito chocou contra a Terra, matando, de rajada, toda a sua população. De rajada, não, porque muitas pessoas, incluindo a Branca Deneuve sobreviveram, agonizando, durante uma meia hora, que pareceu durar Séculos, devido às insuportáveis dores físicas de que padecia. Deneuve ficou quase totalmente desfigurada, mas conseguiu, ainda, ver que do seu amado Príncipe apenas restava a cabeça, que estava grotescamente desfeita. Deneuve acabou por falecer quando um candeeiro em chamas lhe caiu em cima, e morreu canonizada, perdão, carbonizada.
Mas isto não foi o fim. O violentíssimo choque do meteorito provocou um desvio da rota da Terra, que colidiu com o Planeta Marte. Como num jogo de dominó Inter-Planetário, Marte chocou contra Jupiter, e assim sucessivamente, até que o Sistema Solar e todo o seu conjunto de corpos celestes, incluindo os planetas anões, asteróides e cometas, se desfizeram, numa enorme bola de fogo. O Sistema Solar chocou contra outras Estrelas da Via Láctea. Todas as seis partes que constituem a Via Láctea (núcleo, bulbo central, disco, braços espirais, componente esférico e halo) ficaram destruídas, tal como os 400 biliões de Estrelas que compunham a Via Láctea.
A via Láctea chocou contra a Galáxia mais próxima, que aniquilou a Galáxia seguinte, e assim, sucessivamente.
Todo o Universo ficou destruído. Na hora do Juízo Final, descobriu-se que, afinal, havia mesmo milhões de Civilizações Inteligentes, com Criaturas encantadoras, e cheias de esperança num futuro melhor.
Mas a Morte não foi o fim.
Em breve, todas as Civilizações do Universo descobriram que havia, de facto, vida após a morte. Mas descobriram também, para seu horror, que não existia nenhum Deus bondoso à sua espera, com anjos a tocar harpa, e cordeiros a pastar na relva.
No seu lugar, perfilava-se aquilo a que poderíamos chamar “Demónio”.
Mas este Demónio nada tinha a ver com a Criatura inofensiva imaginada por Bosch, Lovecraft, e tantos outros. O verdadeiro Demónio era bem mais maligno, o “Ser Pior do Que o Qual Nada Pode Ser Pensado” (segundo as palavras de Santo Anselmo).
As almas de todas as Criaturas do Universo foram alojadas em pequenos, e miseráveis compartimentos. Branca Deneuve e o Príncipe eram, agora, vizinhos de um Ser vindo de Andrómeda.
As almas, que cumpriam, a todo o momento, penosas tarefas, que lhes eram incumbidas pelos Demónios, mantiveram, até à Eternidade, a aparência que tinham, no momento do seu falecimento. Como tal, Branca Deneuve ficou, para sempre, com a aparência de um corpo semi-desfeito, e carbonizado. Para além disso, tinha de fazer praticamente todos os trabalhos que eram delegados no Príncipe, uma vez que deste apenas restava a cabeça, o que não era muito prático para a realização de tarefas físicas.
De todos os trabalhos, e tormentos por que tinha de passar Branca Deneuve, havia um que lhe causava um terror bem superior a todos os demais:
Todos os dias, até ao final dos tempos, Deneuve teve de descascar milhões de frutos. Isto porque os Demónios gostavam de os comer, mas não eram parvos, e não queriam ter a trabalheira de estar a tirar-lhes o caroço e as grainhas.
A resposta não tardou, e enraiveceu a Rainha: havia, de facto, entre os seus contactos, uma mulher mais bonita do que ela: tratava-se da Branca Deneuve, famosa por ser famosa, e por usar belos colares de diamantes, fabricados pelo seu séquito mais próximo de admiradores, uma bizarra trupe de anões.
“Ah, mas isto não pode ficar assim”, pensou a terrível Rainha. E resolveu acabar com a saúde da pobre Branca Deneuve.
Para isso, empregou-se como sua Criada, e Assistente Pessoal. A anterior Assistente de Deneuve fora despedida, de véspera, e havia uma vaga.
A Rainha disse que vinha do Leste da Europa, o que agradou sobremaneira à bela Deneuve, que achava “giro” falar com pessoas desse país tão distante, e com um nome tão esquisito, como “Leste da Europa”.
“Como é que se chamam os habitantes do Leste da Europa? São os Lestos?”.
“Lesta vou ser eu a acabar-te com o sebo, sua idiota”, pensou a Rainha.
A Branca Deneuve começou a ditar algumas das tarefas da sua futura Assistente Pessoal.
“Olha, em primeiro lugar, fica a saber que eu sou actriz, e apresentadora de programas juvenis. Mas não consigo decorar palavras, eu sou, tipo, uma jovem que curte movimento e tar sempre a mexer-me, e sou bué desconcertada, não consigo ler duas linhas de palavras, tás a ver? Assim, vais ter de me ler os textos todos para um microfone, que está ligado a um oracular na minha orelha, pa eu ouvir e dizer tudo bem, vais ser, portanto, a minha orácula, yá?”.
“Yá, respondeu, enfastiada, a Rainha”.
“Em segundo lugar, eu curto bué frutas, mas não curto tar a tirar as garinhas das uvas, ou a tirar os caroços das cerejas. Por isso, vais fazer isso pa mim, tá? Se quiseres, podes comer as garinhas e as cascas das furtas, aí no Leste devem passar bué fome, não é?
“Yá”, respondeu, irritada, a Rainha.
“Vá, agora vai mas é trabalhar”.
A Rainha teve de fazer todos os serviços domésticos - lavar, varrer, cozinhar, e era alvo de deboches e malvadezas. Mas não esperou pela vingança. Um belo dia, pediu aos seus amigos, os animais da floresta - passarinhos, ratinhos e esquilos, para lhe trazerem uma enorme quantidade de cerejas, com os maiores caroços que encontrassem.
E assim foi. Na manhã seguinte, havia dois caixotes cheios de enormes e suculentas cerejas.
Depois, a Rainha chamou Branca Deneuve:
“Querida Patroa, veja o que a minha família me mandou, lá da Europa de Leste, em Sua Honra!”.
“Oh, que bonito!”, respondeu a nossa heroína. “Não sabia que havia tanta comida no teu País! E tem um ar tão suculento! Pensava que no teu País, a comida devia ter moscas à volta!”.
“Garanto que a fruta está toda tratada!”, respondeu a Rainha. “E já tirei todos os caroços!”.
Nem foi preciso dizer mais nada. Branca Deneuve engoliu, de um só trago, umas vinte cerejas.
Depois, empalideceu, e caiu redonda, no chão, pois ficou sufocada com os caroços da fruta.
“Oh!Oh!Oh!”, disse a Rainha, antes de se ir embora, à pressa, para casa, experimentar os novos Sapatos de Cristal que ia usar essa noite, num Baile.
O corpo de Branca Deneuve ficou inanimado, no chão. Não tardou que os anões a encontrassem. Mas não pensaram que estivesse morta. Acharam que estava, somente, a dormir. Isto porque os anões tinham estudado Teologia, e tinham lido muito Kierkegaard, que lhes tinha dado a volta à cabeça. Eram grandes fãs de “Ordet”, de Carl Dreyer. Não perceberam nada da leitura de Kierkegaard, e adormeceram a meio do visionamento de “Ordet”, mas acharam, por bem, guardar o corpo num caixão de vidro, até aparecer alguém que dissesse a Palavra que salvasse a sua patroa.
E passaram os anos. O Caixão de Branca Deneuve ficou mais concorrido que o de Lenine, e tornou-se o ex-libris da cidade. O Arquitecto Frank Gehry construiu um bonito Edifício para albergar o seu Mausoléu. O Edifício continha, também, um Auditório, para nele se realizarem Peças de Teatro de Revista, e um Casino, com muitas roletas, mesas de jogo, e bonitos espectáculos de StripTease.
Não eram poucas as celebridades que iam lá tirar fotos. O corpo de Branca Deneuve continuava belo e imaculado, e surgiram várias Associações Religiosas Pró-Canonização da pobre mártir.
As pessoas assistiam a Peças no Teatro de Revista, e saíam de lá, de joelhos, até ao Túmulo de Branca Deneuve, para pedirem um milagrezinho, uma ajuda para os males de amor, ou para ganhar na roleta.
Muitos tiravam fotos, a dar um beijo ao corpo inanimado da Nossa Heroína, depois de pagarem uma quantia à Organização do Espaço.
E eis que apareceu o Príncipe do costume, belo, viril, mas bondoso e sensível, sem ser homossexual, que se apaixonou perdidamente pela pobre Deneuve.
O Prìncipe ajoelhou-se, a chorar, junto do seu leito. Os anões segredaram-lhe ao ouvido: “Príncipe, a Branca Deneuve não está morta, está só a repousar. Para ela acordar, tens de a beijar, e dizer-lhe A Palavra”.
O Príncipe pareceu não compreender o que os anões lhe diziam. Limitou-se a beijar os lábios vermelhos, e gelados de Deneuve.
De seguida, segredou-lhe ao ouvido: amo-te!
Nesse instante, os olhos de Branca Deneuve abriram-se, e ela abriu a boca, dizendo: “Tenho fome! Não me descascam umas uvas, ou umas cerejas?”.
O Príncipe riu-se, e começou a descascar-lhe todo o tipo de fruta que encontrava. E foram felizes para sempre.
Epílogo
Para sempre? Não! Isto porque, durante a noite de núpcias, no momento em que o falo do Príncipe ia provar os outros lábios de Branca Deneuve, um enorme meteorito chocou contra a Terra, matando, de rajada, toda a sua população. De rajada, não, porque muitas pessoas, incluindo a Branca Deneuve sobreviveram, agonizando, durante uma meia hora, que pareceu durar Séculos, devido às insuportáveis dores físicas de que padecia. Deneuve ficou quase totalmente desfigurada, mas conseguiu, ainda, ver que do seu amado Príncipe apenas restava a cabeça, que estava grotescamente desfeita. Deneuve acabou por falecer quando um candeeiro em chamas lhe caiu em cima, e morreu canonizada, perdão, carbonizada.
Mas isto não foi o fim. O violentíssimo choque do meteorito provocou um desvio da rota da Terra, que colidiu com o Planeta Marte. Como num jogo de dominó Inter-Planetário, Marte chocou contra Jupiter, e assim sucessivamente, até que o Sistema Solar e todo o seu conjunto de corpos celestes, incluindo os planetas anões, asteróides e cometas, se desfizeram, numa enorme bola de fogo. O Sistema Solar chocou contra outras Estrelas da Via Láctea. Todas as seis partes que constituem a Via Láctea (núcleo, bulbo central, disco, braços espirais, componente esférico e halo) ficaram destruídas, tal como os 400 biliões de Estrelas que compunham a Via Láctea.
A via Láctea chocou contra a Galáxia mais próxima, que aniquilou a Galáxia seguinte, e assim, sucessivamente.
Todo o Universo ficou destruído. Na hora do Juízo Final, descobriu-se que, afinal, havia mesmo milhões de Civilizações Inteligentes, com Criaturas encantadoras, e cheias de esperança num futuro melhor.
Mas a Morte não foi o fim.
Em breve, todas as Civilizações do Universo descobriram que havia, de facto, vida após a morte. Mas descobriram também, para seu horror, que não existia nenhum Deus bondoso à sua espera, com anjos a tocar harpa, e cordeiros a pastar na relva.
No seu lugar, perfilava-se aquilo a que poderíamos chamar “Demónio”.
Mas este Demónio nada tinha a ver com a Criatura inofensiva imaginada por Bosch, Lovecraft, e tantos outros. O verdadeiro Demónio era bem mais maligno, o “Ser Pior do Que o Qual Nada Pode Ser Pensado” (segundo as palavras de Santo Anselmo).
As almas de todas as Criaturas do Universo foram alojadas em pequenos, e miseráveis compartimentos. Branca Deneuve e o Príncipe eram, agora, vizinhos de um Ser vindo de Andrómeda.
As almas, que cumpriam, a todo o momento, penosas tarefas, que lhes eram incumbidas pelos Demónios, mantiveram, até à Eternidade, a aparência que tinham, no momento do seu falecimento. Como tal, Branca Deneuve ficou, para sempre, com a aparência de um corpo semi-desfeito, e carbonizado. Para além disso, tinha de fazer praticamente todos os trabalhos que eram delegados no Príncipe, uma vez que deste apenas restava a cabeça, o que não era muito prático para a realização de tarefas físicas.
De todos os trabalhos, e tormentos por que tinha de passar Branca Deneuve, havia um que lhe causava um terror bem superior a todos os demais:
Todos os dias, até ao final dos tempos, Deneuve teve de descascar milhões de frutos. Isto porque os Demónios gostavam de os comer, mas não eram parvos, e não queriam ter a trabalheira de estar a tirar-lhes o caroço e as grainhas.
19 Comments:
Parabéns, miúdo! :D
Conseguiste espingardar para todo o lado com toda a graça! :D (Só espero que não faça ricochete :P)
Ah, e é auricular. Oracular é outra coisa ;)
Temos de avisar a nossa heroina, então! Ela está mesmo convencida de que se diz oracular, desconcertado, e garinhas :)
A propósito, o Ângulo está de parabéns, este foi o Post nº 500!
eheheh...apanhada na primeira leitura, na diagonal :p
mas, tipo...ya...eu sou buéda gestáltica e (re)conheço o teu humor de gingeira de ginja :p :p :P
... O epílogo, então, é divino! :D
O Low funciona melhor por reactividade, deve estimular-lhe os neurónios, o picanço...
Também já estava a ver, oh Stay Sick...que estavas a ver mal a coisa. ;P
Muito bom. E juro que li inteirinho! Tiveste sorte! :D
Este comentário foi removido pelo autor.
Cara Stay Sick,
Vou supor que o seu "tipo ya" foi arremedado do meu, mas digo-lhe, porque não saberá, que o meu é genuíno, uma vez que sou suburbana (apesar de estar migrada num centro), o que faz com que o meu "tipo ya" tenha muito mais pinta do que o seu... ;)
Mas se lhe é exótico, compreendo que ache piada. A minha "língua-materna" como a minha "escola elementar" são ambas of the street...
E, óptimo texto, Lugones!
Else,
Só queria meter-me com o Lugones. ;D É comentadora assídua, entusiasta e perspicaz - não foi nada pessoal, (se é que se pode designar assim).
Eheheh, muito bom, o apocalipse intergaláctico - e de forma geral tb!
E parabéns então pelo 500.º post (ñ sei como se diz por extenso :D)
Ahah!
Agora é que reparei que a Cara Else tinha usado "tipo" e "Yá". Mas, atenção, que eu usei estas expressões, neste texto, para caracterizar um personagem de Cascais, daqueles que dizem "tipo" com a boquinha meio fechada, e com um ar mimado (vide Morangos e Carolina Patrocínio!) Não tem nada a ver com a forma como o pessoal estiloso das Streets usa a expressão "tipo" :)
Caro Tiago r, obrigado pelos agradecimentos!
Chegar ao 500º post é obra para autores tão preguiçosos e indolentes, e dificilmente será possível conseguirmos chegar, algum dia, ao milhar de posts.
Este comentário foi removido pelo autor.
Não me parece que seja uma questão de indolência, até porque o Lugones escreves post gigantes, pelo que compensa: é como se o post 500.º fosse já o 1000.º :D
Tipo ya,
A sua história, amigo Lugones, fez-me lembrar aqueles versos: "Naufrágios, perdições de toda a sorte/Que o menor mal de todos seja a morte". Pensar que todos estamos sujeitos a catástrofes destas... Olhe que até sonhei que tinha acordado com a cabeça da minha amada ao lado!
P.S: Para mim, um rústico minhoto, é extramamente sexi um docinho como a Carolina Patrocínio a dizer "Tipo ya" à boquinha pequena.
Eu conheço a Carolina e ela aprecia certamente minhotos rústicos e rústicos em geral.
Ai!
Passa-me a maçã, Lugones!
A envenenada, por favor, que quero acabar com a minha agoniiiiiia!
Pleo caminho escreve mais qualquer "coisita", que preciso da dose. ;)
Pelo, eu queria dizer pelo! Raios mais o teclado... Ainda bem que a maçã demorou... ;P
Eh, eh, eh!Isto é que vai aqui uma açorda!Já vim tarde e só aproveito os restos, mas por sinal muito bons!Parabéns Lugones!é preciso reconhecer a cabeça activa deste grupo saxófonico!
Muito bom...A Groupie nº1 acabou de chegar e ainda tem muito para ler! :)...
genial Lugones. Santa Vicky
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