Os Novos Amigos do Conde Drácula
O Conde Drácula sentia-se sozinho e aborrecido, no seu velho e desconfortável Castelo, na Transilvânia.
Nenhum dos poucos vizinhos que restavam vivos se atrevia a convidar o Conde para entrar em sua casa. Por isso, Drácula passava todo o tempo a reler os velhos livros da sua biblioteca, ou a rever, pela milésima vez, as cópias muito estragadas que tinha dos filmes clássicos de terror dos anos 30.
Drácula começou a entrar em depressão. Acordava muito tarde, nunca antes da uma da manhã, e aproveitava muito mal as suas noites. Teve de tapar todas as janelas do seu Castelo, pois ficava desperto até altas horas do dia.
Tinha pouco apetite, e alimentava-se mal, muitas vezes de sangue de animais de aviário, o que contribuía para aumentar o seu aspecto macilento.
Deixou de se transformar em morcego, para dar os seus velhos voos pelas redondezas, uma prática ancestral, e que o divertira tanto, durante séculos, mas que agora lhe provocava, somente, um intenso tédio.
A existência do Conde Drácula poderia ter ficado, irremediavelmente, em perigo, se não fosse a ajuda providencial do seu velho amigo Yeti, também conhecido como Abominável Homem das Neves.
Yeti sofria dos mesmos problemas de solidão, pois encontrava-se enclausurado na sua caverna no alto das montanhas dos Himalaias. Contudo, arranjou uma solução eficaz para combater os seus problemas, que descobriu, por acaso, enquanto navegava, um dia, pela internet, no seu computador portátil, com sistema wireless.
Yeti aderiu ao Facebook e, em poucas semanas, possuía já mais de 1000 amigos. Como tal, enviou um convite para o seu velho amigo Drácula.
Drácula, depois de acordar, mais uma vez, às duas horas da madrugada, abriu, ensonado, o seu email, e reparou no pedido de adesão do Yeti. Ao princípio, não percebeu logo do que se tratava, mas, na sua condição de vampiro deprimido e solitário, não podia dar-se ao luxo de recusar qualquer tipo de convite, e aceitou a amizade virtual do seu velho compincha.
Curioso, Drácula foi ver a página de Facebook do Yeti. Reparou que havia várias sugestões, e muitos amigos comuns, perdidos nos confins do tempo das suas memórias.
Em poucas horas, Drácula fez o pedido de amizade a centenas de utilizadores do Facebook, entre eles, centenas de desconhecidos, tais como jovens rapazes e raparigas do extremo oposto do globo, ou Livrarias e Associações Culturais de que desconhecia, por completo, a existência.
Assim passou toda a noite, até que se deitou, cansado e satisfeito, antes de o sol raiar.
Acordou logo depois de o sol se pôr, com uma animação e agitação que desconhecia desde há décadas, quando se aperaltava para entrar em casa das suas muitas vítimas, que o convidavam para jantar (velhos tempos!).
Abriu, receoso, o seu email, mas depressa foi invadido por uma intensa alegria, ao saber que os seus pedidos de amizade haviam sido aceites.
Foi ao Facebook, e aprimorou o seu perfil, colocou fotos dos seus melhores quadros, e apontou os seus livros, filmes e discos favoritos. Descobriu, com grande surpresa e alegria, que havia vários clubes de fãs do Conde Drácula, espalhados por todo o mundo.
Começou a contactar com os seus novos amigos, depressa ficou com os seus endereços de Messenger e Myspace, criou um blog e arranjou uma conta no Twitter.
Divertia-se a responder aos mais variados géneros de Quizzes, e criou outros, como: “qual é o teu tipo de sangue”, ou “em que parte do corpo é que gostarias de ser mordido por um vampiro?”.
Em breve, tinha amigos por todos os cantos do globo, desde o Pólo Norte, até à Terra do Fogo, passando por Prypiat, Varosha, ou pelas zonas mais remotas da Sibéria.
Todos o convidavam a passar umas temporadas nas suas casas. O Conde Drácula, quando lia os convites, sorria embevecido, mas adiava sempre a data da partida. Custava-lhe sair de casa, e deixar ao abandono toda a sua rede global de amigos. Além disso, tinha de actualizar o seu blog, fazer comentários nos blogs dos amigos, aceitar as centenas de pedidos de amizade que surgiam todos os dias, e ver os incontáveis vídeos que lhe enviavam. Não se podia ausentar por muito tempo.
Só saía durante breves minutos, todas as noites, para se transformar em morcego. Sobrevoava toda a sua região, sonhando com viagens a terras distantes e paraísos longínquos, antes de regressar ao Castelo, para ver, mais uma vez, o email. Bebia um batido de sangue e deitava-se no velho caixão de madeira, herança de família deixada pelos vampiros ancestrais. Enquanto adormecia, o Conde pensava em novos Quizzes: “em que tipo de caixão gostarias de descansar, caso fosses um vampiro morto-vivo?”…
Nenhum dos poucos vizinhos que restavam vivos se atrevia a convidar o Conde para entrar em sua casa. Por isso, Drácula passava todo o tempo a reler os velhos livros da sua biblioteca, ou a rever, pela milésima vez, as cópias muito estragadas que tinha dos filmes clássicos de terror dos anos 30.
Drácula começou a entrar em depressão. Acordava muito tarde, nunca antes da uma da manhã, e aproveitava muito mal as suas noites. Teve de tapar todas as janelas do seu Castelo, pois ficava desperto até altas horas do dia.
Tinha pouco apetite, e alimentava-se mal, muitas vezes de sangue de animais de aviário, o que contribuía para aumentar o seu aspecto macilento.
Deixou de se transformar em morcego, para dar os seus velhos voos pelas redondezas, uma prática ancestral, e que o divertira tanto, durante séculos, mas que agora lhe provocava, somente, um intenso tédio.
A existência do Conde Drácula poderia ter ficado, irremediavelmente, em perigo, se não fosse a ajuda providencial do seu velho amigo Yeti, também conhecido como Abominável Homem das Neves.
Yeti sofria dos mesmos problemas de solidão, pois encontrava-se enclausurado na sua caverna no alto das montanhas dos Himalaias. Contudo, arranjou uma solução eficaz para combater os seus problemas, que descobriu, por acaso, enquanto navegava, um dia, pela internet, no seu computador portátil, com sistema wireless.
Yeti aderiu ao Facebook e, em poucas semanas, possuía já mais de 1000 amigos. Como tal, enviou um convite para o seu velho amigo Drácula.
Drácula, depois de acordar, mais uma vez, às duas horas da madrugada, abriu, ensonado, o seu email, e reparou no pedido de adesão do Yeti. Ao princípio, não percebeu logo do que se tratava, mas, na sua condição de vampiro deprimido e solitário, não podia dar-se ao luxo de recusar qualquer tipo de convite, e aceitou a amizade virtual do seu velho compincha.
Curioso, Drácula foi ver a página de Facebook do Yeti. Reparou que havia várias sugestões, e muitos amigos comuns, perdidos nos confins do tempo das suas memórias.
Em poucas horas, Drácula fez o pedido de amizade a centenas de utilizadores do Facebook, entre eles, centenas de desconhecidos, tais como jovens rapazes e raparigas do extremo oposto do globo, ou Livrarias e Associações Culturais de que desconhecia, por completo, a existência.
Assim passou toda a noite, até que se deitou, cansado e satisfeito, antes de o sol raiar.
Acordou logo depois de o sol se pôr, com uma animação e agitação que desconhecia desde há décadas, quando se aperaltava para entrar em casa das suas muitas vítimas, que o convidavam para jantar (velhos tempos!).
Abriu, receoso, o seu email, mas depressa foi invadido por uma intensa alegria, ao saber que os seus pedidos de amizade haviam sido aceites.
Foi ao Facebook, e aprimorou o seu perfil, colocou fotos dos seus melhores quadros, e apontou os seus livros, filmes e discos favoritos. Descobriu, com grande surpresa e alegria, que havia vários clubes de fãs do Conde Drácula, espalhados por todo o mundo.
Começou a contactar com os seus novos amigos, depressa ficou com os seus endereços de Messenger e Myspace, criou um blog e arranjou uma conta no Twitter.
Divertia-se a responder aos mais variados géneros de Quizzes, e criou outros, como: “qual é o teu tipo de sangue”, ou “em que parte do corpo é que gostarias de ser mordido por um vampiro?”.
Em breve, tinha amigos por todos os cantos do globo, desde o Pólo Norte, até à Terra do Fogo, passando por Prypiat, Varosha, ou pelas zonas mais remotas da Sibéria.
Todos o convidavam a passar umas temporadas nas suas casas. O Conde Drácula, quando lia os convites, sorria embevecido, mas adiava sempre a data da partida. Custava-lhe sair de casa, e deixar ao abandono toda a sua rede global de amigos. Além disso, tinha de actualizar o seu blog, fazer comentários nos blogs dos amigos, aceitar as centenas de pedidos de amizade que surgiam todos os dias, e ver os incontáveis vídeos que lhe enviavam. Não se podia ausentar por muito tempo.
Só saía durante breves minutos, todas as noites, para se transformar em morcego. Sobrevoava toda a sua região, sonhando com viagens a terras distantes e paraísos longínquos, antes de regressar ao Castelo, para ver, mais uma vez, o email. Bebia um batido de sangue e deitava-se no velho caixão de madeira, herança de família deixada pelos vampiros ancestrais. Enquanto adormecia, o Conde pensava em novos Quizzes: “em que tipo de caixão gostarias de descansar, caso fosses um vampiro morto-vivo?”…
34 Comments:
"e alimentava-se mal, muitas vezes de sangue de animais de aviário"
ahah :)
o q é mais triste, como diz uma amiga minha, é q nós exibimos o nosso envelhecimento no hi5 ou facebook, fotografia a fotografia a actualizar o processo irreversível. O Drácula sempre é imortal. (é imortal n é?)
"e alimentava-se mal, muitas vezes de sangue de animais de aviário"
Nem eu próprio tinha reparado nisto!
Agora fica assim, até tem graça.
Talvez haja avo-animais por lá, e que tenham um bom sangue para fazer batidos :)
Sendo o hi5 e o facebook programas recentes, ainda estamos na fase da juventude, em que se acha graça a uma ruga ou um cabelo branco que aparece de repente.
Quando se passarem uns anos, acontecerá o mesmo que ocorreu com os músicos de rock (o estilo musical eternamente jovem). Olhamos para as fotos antigas e recentes dos grupos dos anos 60,70, 80 (e mesmo 90), e dá-se-nos um arrepio.
É um envelhecimento sujeito ao escrutínio público, o que tem uma certa graça, e dá a este fenómeno de hi5, facebook e afins uma perversidade interessante.
O Drácula é imortal (ou Undead, como diziam os Bauhaus, na sua velhinha música sobre o Bela Lugosi), mas não pode ver no espelho a sua imutabilidade (terão os espelhos essa função exclusiva- mostrar-nos o nosso declínio e envelhecimento irreversíveis?).
Razão tinha o Borges.
N percebi Lugones. Eu achei graça à frase. As aves tb são animais. :)
Ah, esqueça essa primeira parte do meu comentário! Estava a reler a frase e pareceu-me um bocado parva, depois comecei a escrever coisas sem sentido, e tive esse lampejo de loucura e idiotice, onde pensei, por momentos, que as aves não eram animais!
Brilhante, hein? É o meu envelhecimento, e os 30 anos a darem de si :)
(peço aos caros leitores muitas desculpas!)
Excelente observador, como sempre...
zombie psi narcisista hedonista solipsista porno indiferente mafioso pouco sorridente híbrido sem pertença neo pós trans sexo sem nexo cool histeria fobia perturbação sentir eu quero é sentir alguma coisa que não seja tédio jogging ipod se puderes comprar pop descarregar terapia cocktail em alta self-control intimista mas não sentimental que é feio mostrar afectos e o kitsch convencional a rede apanha-me em rede encontros ligações plural este mundo é global e agora vou terminar o rap que gosto mais de abanar as ancas ao som do rock, do swing directo movimento me voyyyyy!
:D
Ahah! Que lindo!
N tem de se preocupar, escreve com o vigor da mais florescente juventude! ;)
p.s.:
por falar em quirópteros, dia 20, Noite Europeia dos Morcegos, comemorada na Quinta da Regaleira com uma série de actividades...
Deve ter piada!
:)
(o facebook ainda serve para alguma coisinha mais, além do sedutor rodopiar à volta do umbigo com audiencia confirmatória e... já chega! :p :p :p)
stay sick, belo texto a la Rui Reininho! :)
Essa festa deve ser gira, mas nessa noite vou estar a tentar filmar a nossa adaptação Cortazariana para o universo tuga!
Papillon, obrigado pelas bonitas palavras! Confesso que ainda tentei dar uma saída airosa para o meu comentário, mas isso é que seria sinal de decrepitude. Quando tal me acontecer (dar sinais de decrepitude), peço aos leitores que sejam impiedosos comigo!
Ah! Depois quero ver isso! :D
Curti, Lugones, a preocupação dada aos «animais de aviário», mas que afinal não estava mal. Também fiquei a pensar «animais de aviário, mas o que é que está mal?» Há aquela expressão mais corrente que possivelmente acabou por pôr aqueloutra em causa: «aves de aviário», deve ter sido isto. É boa essa preocupação, e além do mais fez-me rir, genuinamente :)
Bom, quando chegar a essa altura, lá estarei eu, sem dó nem piedade! E já agora, Sr. Lugones, acha mesmo que se tivesse um erro na frase, eu não estaria em cima para apontar o dedo?! Tsc tsc tsc... Duvída demasiado das capacidades de quem o acompanha há tanto tempo...
Muito boa, esta historieta. Mas isso já não precisa que lhe digam não? E olhe que só costumo comentar antes dos 10 comentários. :P
Lugones,
também eu achei muito engraçada a sua história: o senhor Drácula e os seus novos amigos virtuais. Sim, está muito bem composto. Mas Lugones, o seu Drácula não arrebatou uma jovem mulher estrangeira entre os seus 23/26 anos para com ela partilhar momentos de desenfreada paixão, como acontece hoje em dia; quer dizer, uma rapariga desinibida e que saiba falar, não apenas o francês e o inglês, mas também um português rudimentar; uma jovem rapariga a quem nada lhe espanta, não fosse um assustador e invulgar vampiro da Transilvânia? Esqueceu-se desse pormenor, Lugones. Sinceramente, apre!
ps: Entretanto, não deixe de visitar o meu blogue Sâo Petersburgo e leia o último artigo que publiquei. Agradecia imenso que comentasse. Obrigado.
Ahah!
De facto, os textos do Sr. Lugones são muito espirituosos, e por isso os frequento, mas ultimamente a caixa de comentários anda a rivalizar em espirituosidade...nunca sendo de mais, de resto!
è vero, Papillon!
A nossa excelentíssima leitora de longa data Papillon tem razão. É fantástico, realmente. Sempre que abro isto, vejo mais um comentário espirituoso e interessante.
Honra-me ter leitores com esta qualidade, e a tarefa de escrever para tais pessoas dá-me um maior grau de responsabilidade mas, também, de incentivo.
Os nossos agradecimentos
Ya, Lugones, é verdade, já o leio há algum tempo... tenho esta qualidade/defeito muito pouco contemporânea/o de ser constante e fiel.
Bom trabalho para todos!
Lugones,
sempre leu o meu último artigo? Gostaria muito que comentasse: não sei se se trata de um «esquizofrenismo» meu ou pura fantasia; assim, queria que me obsequiasse com a sua sapiente opinião, sobre esse pequeno conto de contornos - como direi? - «meta-realistas».
Bem, não tive outra forma de lhe pedir senão através desta caixa de comentários. Não se preocupe, eu gostei imenso da história do vampiro. (É verdade, ele sempre encontrou a sua cara-metade? Era realmente muito interessante se ele conseguisse arrebatar uma dessas mulheres sensatas, porém, demasiado apaixonadas, a quem se lhe pode beber todo o sangue.) Entretanto, gostei principalmente da aparição do Yeti: que ajuda preciosa, a sua.
Bem, espero que tenha um óptimo dia, que o sol brilhe refulgentemente. Hoje o dia está realmente magnífico – um pouco calor, é certo; sempre posso dar os meus passeios pela cidade e beber um cimbalino na Brasileira. Sim, está um dia realmente bonito.
Goggly
"sensatas, porém, demasiado apaixonadas"
Ai Goggly,
o Goggly é um oxímoro, porém, demasiado axiomático. Sim, estou a brincar consigo. :P
Viva o S. João!
Caro Goggly, obrigado, mais uma vez, pelas palavras simpáticas! Receio que o Conde Drácula ainda não tenha encontrado a sua donzela apaixonada, mas sonha com ela, enquanto anda às voltas no seu caixão, naqueles quentes dias de Verão, na Transilvânia.
Só ontem é que pude ter ocasião de voltar a consultar a internet, e ver o seu interessante post.
Mas este calor todo tirou-me toda e qualquer inspiração para escrever um mero conjunto de palavras inspiradas, que pudessem estar à altura do seu texto. Todavia, darei hoje o meu modesto parecer escrito, quando a brisa da noite já estiver para aí a soprar.
Papillon, bom São João para si, também! Vai ao Porto? Se for, por volta das duas da manhã, atire, em honra do meu aniversário, um balão de São João, e dê 30 marteladas na cabeça de toda a gente!
Cumprimentos
Vou sim!
Uma noite feliz para si, divirta-se e q conte muitos! :)
Este comentário foi removido pelo autor.
Querido Goggly,
Se é doente pelos ventos modernos, saia de S. Petersburgo e vá apanhar ares arcanos a Capri.
Feliz anivérsário, meu velho.
O velho Pipi.
Lugones, os meus parabéns! :) Tudo de bom.
Caros amigos,
muito obrigado pelas simpáticas felicitações!
Na verdade, faço anos hoje, por isso,foram as primeiras pessoas a dar-me os parabéns!
Com os melhores cumprimentos
O Aniversariante
Caro aniversariante,
Muitos parabéns (n dei ontem pq dá azar)! Que a sua vida corra franca como um balão de São João em largada!
Cara Papillon,
obrigado pelas simpáticas palavras!
Por acaso, outro dia, tive a ocasião de mandar, pela primeira vez, um balão de S.João. A experiência de encher o balão de ar quente, e vê-lo, depois, a sair-nos das mãos lentamente e percorrer os céus, até nos sair do alcance da vista foi bastante gratificante.
Também espero lançar um! Talvez para o ano no S. João do Porto! :)
Lugones,
não sei se venho na altura propícia mas acontece que publiquei um pequeníssimo conto que gostaria que lesse. Trata-se então de um indivíduo que se vê perante uma cigana à porta de uma taberna... O lugones pediu-me encarecidamente que tentasse criar uma figura feminina numa das minhas histórias, como a velha vendedora de fósforos, e aqui tem-me rogado a pedir-lhe que leia esse novo conto.
Seu amigo,
Goggly
Lugones,
o seu relato é deveras impressionante. Sim, imagino a sua aflição ao encontrar o «olhar» dessa rapariga.
Peço desculpa por não ter desenvolvido a minha história, mas de facto existem episódios na nossa vida, como na vida do jovem Andrei, em que bastam alguma palavras para compreender o seu temor.
Lembrei-me: há bastante pouco tempo li um conto do Edgar Allan Poe em que a certa altura este aludia à metempsicose... Que quererá dizer - não sei ao certo; talvez o Lugones saiba mais sobre essa palavra tão enigmática.
Pelos vistos, trata-se de «uma» reencarnação, em que um ser encarna uma planta ou outro ser vivo, como um gato por exemplo. Talvez o Lugones já tenha ouvido falar desse termo.
Goggly
Lugones, trata-se de uma pequeno conto, Metzengerstein. Goggly
Um pequeno conto, queria eu dizer.
Seu amigo,
Goggly
Enviar um comentário
<< Home