quinta-feira, outubro 23, 2008

Era um homem ruivo, que não tinha olhos nem orelhas. Também não tinha cabelo, pelo que só convencionalmente se podia chamar ruivo.
Não podia falar, porque não tinha boca. Também não tinha nariz.
Nem sequer tinha mãos, nem pernas. Não tinha ventre, não tinha costas, não tinha coluna vertebral nem quaisquer entranhas. Não tinha nada! Por isso, não se compreende de quem se trata.
É melhor não falarmos mais nele.

(Daniil Harms)

quarta-feira, outubro 22, 2008

Jacques Brel em Inglês

Uma vez que mencionei Jacques Brel, no outro dia, aproveito para meter duas versões anglo-saxofónicas que se fizeram de uma música sua: "La Mort", que foi transformado no inglês "My Death" (bastante apropriado para o 30º aniversário da sua morte).
As versões são de Scott Walker e de David Bowie.
Duvido que oiçam até ao fim (a do David Bowie, então, é bastante grande), mas aqui ficam.




sexta-feira, outubro 17, 2008

Post Saxofónico do Dia

Reparei que passaram, há poucos dias, 30 anos, desde a morte de Jacques Brel.

Deste modo, mato dois coelhos de uma cajadada: cumpro a função cívica necrológica de recordar uma data emblemática sobre um ente importante e aproveito para passar uma grande música: "Amsterdam".

quarta-feira, outubro 15, 2008

Fuck!

terça-feira, outubro 14, 2008

domingo, outubro 05, 2008

A Propósito de Dinis Machado

Falou-se da morte de Dinis Machado, um pouco por toda a blogosfera, e pela imprensa escrita.
Não me vou estar a alongar, com mais repetições sobre a vida deste escritor. Vou apenas ressaltar alguns factos:

1- Dos livros publicados em vida por Dinis Machado (que são 7, salvo erro), encontram-se disponíveis, para a leitura do grande público, dois (O Que diz Molero- Edições Bertrand; A Mão Direita do Diabo- Assírio & Alvim). Destes livros, "A Mão Direita do Diabo", foi publicada muito recentemente.

2- Serão relançados, brevemente, pela Assírio & Alvim, mais dois livros seus (Requiem Para D. Quixote; Mulher e Arma Com Guitarra Espanhola).

3- Os restantes livros estão votados, desde há muito tempo, ao esquecimento absoluto.

Confesso que, de Dinis Machado, apenas li "O que diz Molero". E li-o depois de me ter sido recomendado por uma pessoa que me disse que se tratava de um dos 3 Melhores Romances Portugueses do Século XX.
Não posso dizer se partilho, ou não, da sua opinião. Posso apenas afiançar-vos de que se trata de um Extraodinário Romance. Fico feliz por tê-lo lido antes da morte do seu Autor.

Deixo-vos com dois Fait Divers, relacionados com este livro:

1- O primeiro vencedor do concurso "Quem Quer Ser Milionário" que decorreu por volta de finais dos anos 90, respondeu correctamente à última questão, que valia cerca de 75.000 Euros, mas teve de recorrer a uma ajuda. A pergunta era: quem escreveu "O que diz Molero"?

2- Em meados do início deste ano entrei na Livraria Bertrand, no Chiado (A Editora de "O Que Diz Molero") e perguntei ao funcionário em que prateleira é que estavam os exemplares deste livro. O funcionário não conhecia a obra e perguntou a outro funcionário mais experiente se me poderia ajudar. O funcionário mais experiente, depois de consultar o computador disse-me, como se estivesse a falar de uma obra raríssima: "pois, não temos, de momento, nenhum exemplar....sei que ele foi reeditado o ano passado....tente noutra loja Bertrand".
À saída, nas montras, estavam, em grande destaque, vários exemplares do novo lançamento da Editora Bertrand: A Biografia do Tony Carreira.

Triste destino do chamado "Primeiro Best Seller da Democracia Portuguesa".

sexta-feira, outubro 03, 2008

O grande som da rentrée

El niño pregador (versão presidente da Microsoft)

quinta-feira, outubro 02, 2008