segunda-feira, março 31, 2008

As Resoluções do Romualdo

Caro Leopoldo Lugones,

Após aturado estudo e muita meditação, cheguei à conclusão de que não rejo os meus contactos pessoais da melhor forma possível. Porquê? Acima de tudo, por causa de um problema de compreensão e de falta de comunicação com os outros. Assim, a partir de hoje, utilizarei um novo sistema, roubado directamente do Messenger, vulgo MSN, aquela maravilhosa forma de comunicação virtual, onde posso estar com os meus amigos sem ter de lhes ver as trombas e acabar com uma conversa se me apetecer, ao dizer que vou ali e já não volto.

Assim:
Criei um cartão cinzento e outros verdes, com uns bonecos iguais aos do MSN, que tenho no bolso das calças, e que colocarei na lapela do meu casaco, presos com um alfinete, conforme os casos.

Vejamos:

Boneco nº1, com cor cinzenta- corresponde ao "aparecer como offline"- usarei esse boneco quando não quiser falar com ninguém. Andarei por aí, pelas ruas da cidade, para ver sem ser visto. E se alguém se deparar comigo no metro, dirá: "olha o Romualdo!", mas, logo de seguida, olhando para a lapela do meu casaco, exclamará: "Oh! Que pena! O Romualdo não está!". E eu continuarei no meu lugar, a ler sossegado as magníficas crónicas do Destak.

Boneco nº2, verde, com um sinal de trânsito proibido por cima- corresponde ao "ocupado".
Trocado por miúdos, os outros podem ver que eu ando por aí, vêem: "olha o Romualdo, anda por aí!" Mas estou ocupado. E se o meu vizinho de cima me aborrecer, de novo, à porta do meu prédio, quando quero passar, direi: "Senhor Antunes, estou ocupado, lamento imenso!"
E o Senhor Antunes, consciente do seu erro crasso e da ignomínia da sua conduta, exclamará, em jeito de desculpa: " Oh! Mil perdões, Senhor Doutor! O Senhor Doutor trabalha demais, não o importuno!"

Boneco nº3, verde, com um relógio por cima- correspondente ao "ausente". Ou seja, estou por aí, mas não neste momento. Este boneco será aplicável naquelas ocasiões, no café, quando os meus interlocutores estarão, como sempre, a falar imenso dos seus problemas ou dos seus feitos ou traumas de infância e farão uma pausa, dizendo: "Romualdo, não me estás a ouvir!!"
E eu, muito calmamente, depois de pigarrear um pouco, responderei: "Oh!Oh! Acaso não reparam, pelo boneco que está na lapela do meu casaco, que eu me encontro ausente?"
E os meus amigos, envergonhados pela sua conduta impertinente e acalorada, dirão: "é verdade, Romualdo, desculpa!". Se estiver bem-disposto, retorquirei: "não faz mal! Olhem, agora coloquei o boneco de "Volto já!"
E pronto! São estes os sinais que melhorarão a minha comunicação com o mundo!
Ainda posso acrescentar alguns, como este:

Assim, quando me contarem uma piada, escuso de trabalhar os meus músculos faciais. Basta este boneco.
Ou, no aniversário de alguém, coloco na lapela o boneco com uma "prenda". Fica a intenção, que é o que conta mesmo.
E assim sucessivamente. Haverá o dia em que deixarei de esboçar qualquer expressão facial ou oferecer o que quer que seja a alguém.
Bastam-me estes bonecos, que tenho bem guardados no bolso das calças, encadernados, para não se molharem, num dia de chuva mais forte.
E agora me despeço
Cumprimentos,

Romualdo Castelo





sábado, março 29, 2008

4 de Maio, Aula Magna, Lisboa



«The first time I saw EINSTÜRZENDE NEUBAUTEN was on Dutch TV. It was the year 1982. The group I had back then - The Birthday Party - was doing a string of concerts in Holland, and it was toward the end of the tour - we were all near the brick of death. I was just making my way down the stairs of our humble but obliging hotel when an eerie, hypnotic sound came floating from the TV room, insidiously seductive, irresistably sad. To these baleful strains I found myself drawn, and as I stepped into the TV room all the notions of music that I held so precious were obliterated - in toto - by what I saw upon the screen.

There was a young man, wearing thick glasses, blowing into a bent drainpipe. Later I was informed that the name was Alexander von Borsig. The name of the young man, that is - not the drainpipe. The drainpipe was called the "Thirsty Animal". Thanks to the typically unorthodox, if not downright primitive Dutch camera-work, we were make to watch the manic von Borsig without interruption for all of five or six minutes, seeing his naturally pale teutonic complexion deepen with the passing seconds to that of a ripe plum. How lonely the cry of the Thirsty Animal seemed, its weird pule hanging in the air like a wheezing, dying siren, I remember von Borsig's face turn the exact colour of the red stockings worn by Heidi, the hotel maid. Hello.

Then a terrible rumbling, that seemed to come from the gut of a beast - a hungry one - began to ravage the weeping-ground trodden by von Borsig's Thirsty Animal until the two were united in a sordid copulation of sound that hit me right in the dick. It was like Ulysses & his drunken sailors had jumped a lone siren, rolled her over & pack-raped her there on the rocks. And with a patience one seldom sees in this sort of TV music show, the camera moved across the stage and froze on a man holding two mallets, standing next to two large pieces of corrogated sheet-metal, which he bludgeoned louder and louder, while von Borsig kept blowing - working on a brain tumour. This man was Endruh Unruh, complete with Hitler-moustache and a head like a battlefield. Finally, the camera found the third man. He was the most beautiful man in the world. He stood there in a black leotard and black rubber pants, black rubber boots. Around his neck hung a thoroughly fucked guitar. His skin cleared to his bones, his scull was a utter disaster, scabbed and hacked, and his eyes bulged out of their orbits like a blind man's. And yet, the eyes stared at us as if to herald some divine visitation. Here stood a man on the trashold of greatness; here stood a Napoleon victorious amongst his spoils, a conquering Caesar parading his troops, a Christ akimbo an Calvary. Blixa Bargeld.

For sixty seconds, this man stood as if paralyzed, hexed by his own madness. Then he opened his mouth and let out a scream that sounded like someone was pulling a thistle out of his soul.

After the TV show, a friend of mine told me he had met Susanna Kunke - of Malaria - the day before, and she had told him about a party with E.N. in an Amsterdam hotel. They had all been naked - mucking about. Alexander von Brosig had sat in a corner, staring at a metronome and rocking back and forth - tock tock tock tock tock - to it's rhythm.

A few month later, after The Birthday Party had moved from London to Berlin, we got to know E.N. and became friends. I remember visiting them while they were recording "Thirsty Animal" in a small Kreuzberg studio; the studio was cold and fusty and full of amps, trash and steel. And in the middle of the room a microphone pointed to a small, mangy dog rooting around in a steaming pile of pig guts. Blixa Bargeld had a contact-mike taped to his chest, while the muscle-bound Mufti beat on this natural sounding-board with his fists. Boom-Boom Boom-Boom. Boom-Boom Boom-Boom. E.N. belong to that mass of bands that operate in the nebulous area of "Innovative Music", which to me, is a title applied much too quickly and much too generously. And which is all too readily embraced by so many groups these days, particularly in Germany; groups whose ambitions have no other end than their own meaningless self-perpetuation through the intimidation of the unknown, the new. Not so EINSTÜRZENDE NEUBAUTEN. They are simply a "great" band - and I use the word in the classical sense. To me, the essence of their greatness does not lie in their unorthodox attitude toward making music - rather it is based on a fundamentally orthodox premise. What makes E.N. great in my eyes is the same thing that makes Johnny Cash - or The Velvet Underground, John Lee Hooker, Suicide, Elvis, Dylan, Leadbelly, The Stooges - great. They are all innovators but what sets Hank Williams apart from the bulk of his contemporaries is the same thing that sets E.N. apart from the huge, faceless morass that modern New Wave music has become. Through their own hard work, by steadfast lack of compromise, trough the pain of true pain of self-expression, through a genuine love of their medium, they have attained a sound which is first authentic, and which is utterly their own. But not for the sole purpose of being different. They are a group which has developed its own special language for one reason - to give voice to their souls.

And this is the fundamental difference between E.N. and those who imitate them. This is why E.N. will remain timeless. They have always known the meaning and purpose of their medium: to give vent to the expression of the soul.»

(Nick Cave in King Ink)
«Dijo que lo único que le daba más miedo que un loco era alguien que premeditamente arrastrara a otro hacia la locura.»

(R.B., Llamadas Telefónicas, p. 144)

terça-feira, março 25, 2008

Músicas Feitas Por Homens Com Bigode Farfalhudo E Um Ar Levemente Cigano- 9

sexta-feira, março 21, 2008

Páscoa

Tenham uma Páscoa feliz, cheia de animação,

com muitos ovos, doces e que não vos falte nada.

São estes os sinceros votos, vindos do fundo do coração.

Do vosso querido amigo, o Homem-Gargalhada.


O Aniversário do Buécio

Casa de Safinha. Safinha e Buécio estão sozinhos, sentados no sofá, de mãos dadas, a ver televisão.

Buécio- babe, 'brigado pelas prendas! Curti bués!
Safinha- de nada, môr! Tu mereces!
Buécio- Yá, mas fiquei tipo bué contente, foi tudo à maneira!
SAfinha- inda bem que f'caste contente!
Buécio- Safinha, bora lá, tipo, ao Bar Galhada? O pessoal tá todo lá e vão oferecer uns shots de formig....(hesita)..uns shots ao pessoal!
Safinha- isso é, tipo, bué bacano, Buécio...mas.....
Buécio- mas...
Safinha- mas queria dar-te ainda uma prenda, tás a ver, uma prenda tipo mêmo especial!
Buécio- não tou a peceber, miúda....
Safinha- Buécio, tamos, tipo, sozinhos em casa....eu queria, tipo....xprimentar fazer o amor contigo....
Buécio (muito nervoso)- o amor? Agora? Babe, e se, tipo, aparece alguém e nos apanha nessas maradices? Era bué má onda!
Safinha- não te preocupes, môr! Os cotas tão pa fora, ficam, tipo, duas noites no Monte Alentejano.
Buécio- ah, mas o Low e o Alga tão tipo à minha espera e o Low e o Alga são bacanos, organizaram a festa, para mim, e para a Maga, que também faz anos....(enquanto Buécio fala, Safinha começa a massajar-lhe as costas e a beijar-lhe o pescoço).....oh.....Safinha.....curto-te....tanto....
Safinha- eu também, Buécinho, és um fixe.....
Buécio- curto-te tanto....que....vou-te contar, tipo, um segredo terrível....tenho bué vergonha desta cena....
Safinha- o que é, meu Bubu?
Buécio- Safinha, eu sou, tipo....virgem, tás a ver? (encolhe-se, envergonhado).
Safinha (abraçando Buécio)- és virgem? Mas eu já suspeitava, eras tipo, bué trapalhão, chaval! Buécio, quido....eu também sou virgem!
Buécio- és virgem, babe?
Safinha- sou..e..(olhando para a câmara)..não há razões para ficar, tipo, embaraçado! Buécio, tu és, tipo, bué de estiloso, és bonito, tens bués de fãs e és virgem!
Buécio- e tu, que és montes de giraça, uma miúda espectacular, tipo, sei lá, bué bué boa, e também és virgem...
Safinha- pois, porque é por opção...
Buécio- yá, é isso mesmo! Os BAL'Z dão, tipo, bués concertos por todo o país, até fomos ao estrangeiro, áquele país, Trázos- Montes, ou uma cena assim, e tenho sempre montes de miúdas podres de boas, em tó peléze, à porta do meu quarto. E eu fico, tipo, uau, man, isto é o que tu sonhavas, caraças, montes de gajas a oferecer-se só pelo sexo, devo tar tipo no paraíso ou uma cena marada assim, mas depois vejo qu'elas só me querem pelos músculos, tás a peceber, e fico, tipo chateado, não há, tipo, amor, se é que tás a peceber, e...e eu quero que uma mulher me ame.
Safinha- o que tás a dizer é tipo bué bonito, Buécio amor. Eu também acho que só se deve ir quando se tá, tipo, preparado...e eu q'ria dar-te esta prenda.
Buécio- Yá, fixe!!
Safinha- até porque hoje é Sexta Feira Santa, Jesus foi, tipo, crucificado e essas cenas e eu achei que era tipo bué de simbólico fazermos isto.
Buécio- não percebo muito do que dizes, mas é tipo bué bonito. Jesus devia gostar!
Safinha- sim, Buécinho! Vamos? Ah, temos é de usar preservativo!
Buécio- pra não ter chavalinhos!
Safinha- isso mesmo, babe! Vamos, môr? Já tenho o quarto, tipo, preparado (pega na mão de Buécio).
Buécio- oh, môr, tou tipo bué de nervoso!
Safinha- Buécinho, quando há, tipo, amor, não há que ter temor!
Buécio- isso é bué de bonito! Foste tu que fizeste esse poema?
Safinha- Yá!
Buécio- devias escrever mais, tens, tipo, bué jeito!

Entram no quarto, que está iluminado com velas e incensos. A cama tem uns lençóis coloridos.

Safinha- Buécinho, bem-vindo ao meu ninho do amor!
Buécio- bora derramar sangue, e seja o que Deus quiser, miúda!

Deitam-se, lentamente, e começam a beijar-se ternamente. A câmara passa de um grande plano das velas acesas, para um plano do mar, que se vê da janela do quarto de Safinha, e das ondas a bater furiosamente contra as rochas, enquanto se ouve a balada dos BAL'Z: "vou-te amar de manhã até à noitinha (babe)".

Fim

Nota: este post não pretende entrar em contradição com os anteriores. Não sabemos quais serão as intenções da Safinho, nem se terá sido, quiçá, um sonho de Buécio. Os nossos agradecimentos



Ἕροσ δαὖτ᾽ ὲτίναξεν ἔμοι φρένασ,
ἄνεμοσ κατ ὄροσ δρύσιν ἐμπέσων.

O amor sacudiu-me agora o espírito,
como o vento dos montes agitando os carvalhos.

(Fr. 47 P)

quinta-feira, março 20, 2008

Morângulos Com Açúcar- Episódio 5

(Safinha está deitada na relva a olhar para o céu e a ver as nuvens passarem. Provavelmente esteve a fumar uma ganza ou a tomar um ácido ou um cházinho de cogumelos, mas a produção não deixou que isso passasse. Senta-se, vira-se para um cacto e começa a falar)

Safinha: Qu’ido catinho, a festa do Alga foi tipo fixe a valer! Emb'ulharam-me em papel de embrulho e eu saí do bolo tipo prenda. Os miúdos curtiram à brava e eu também! Mas só poque fui o cent'o das atenções e, p'ontos, é giro ser gira. E os BAL'Z deram-lhe bué nessa noite! Só a cena da pústula no meio da testa é que tipo m’ia est'agando o ramalhete, mas acho que eles nem notaram népias. Mas isto foi na segunda. Hoje não fiz népia. Levantei-me bué da tarde, almocei e pus-me a ver t’evisão. Voltei a comer e a ver t’evisão. Devia ter olhado p’ó meu relatório sob'e as fo'migas lombrófigas, mas ‘tava cheia de p'eguiçonite e... também não parava de pensar na Lena.
Eu tipo gosto bués do Buécio. Vendo bem, também curto bués o Alga. São porreiros p’a sair à noite e conve'sar sob'e música... E o Low dança buéda bem! Qu’é d’zer, acho qu’o bacano é meio marado, mas isso é lá com ele... Não paro é de pensar na Lena! Os peitos dela empinam as camisolas e ela cheira sempre muita bem! Também tem umas roupas tipo bué fixes...
Outro dia convidou-me p'a ir ao cinema ver o Pe'sópolis ou Pe'sépolis, que’é tipo um filme de animação sob'e uma miúda iraniana da nossa idade, só qu'eu p'eferi ficar em casa a comer bifes com arroz de manteiga. E com as mãos, qu’é tipo muito mais natural. Acho que foi mais seguro. Ela é muita gira e nós as duas ali tipo no escurinho do cinema...
E depois, também nos rimos à fartazana quando 'tamos juntas. Adoramos muito contar anedotas de santos de pa’oco e céus e infernos. E ela é muita sabichona! Fala sob'e metrafísica, ou lá como se chama, e é comunista. Eh pá, será qu’eu gosto da Lena?! Que cena mais marada! Acho que lhe vou escrever um poema... Isso, ou vou cortar a franja, ainda não sei.

segunda-feira, março 17, 2008

Fórum dos Morângulos

Pois é, caros amiguinhos! Hoje é um dia muito especial para os Morângulos Com Açúcar- Série 3, Geração Marada.
Isto porquê? Porque o nosso querido personagem, o único, jovem e dinâmico Alga faz anos!
A direcção do Fórum dos Morângulos com Açúcar não queria deixar de se juntar à festa e de dar os parabéns ao Alga.
E como prenda de aniversário, os guionistas da série colocaram a Safinho a sair do bolo de aniversário, como viram no post anterior. O episódio irá para o ar no próximo Domingo de Páscoa, num compacto especial de 4 horas dos Morângulos Com Açúcar, que contará, igualmente, com o aniversário de Buécio.
A palavra, agora, aos fãs.

Comentários:

Bruninha: Parabénx Alga, contex muitox e xejax bué felix! curtute bues prk és mtu fixe, e és ka 1 bonzao....

Carminho: eu pessoalmente axo q dviam de parar de goxar com o Alga, xamarlhe paneleiro é xato purke o alga é muitu homem e ax miudax aki do koléxio axamte muito giro e kerem k fixs k a xafinho. bejox fofox!

Bernardo: é mto fixe eu curto bue, o novo morangulox kom axucar tem miudas mto fixex. parabenx alga e atirate à xafo!

Anónimo: goxto muito dexte pesonaxem, apexar de gstar bue do lowgones k tem mto xtilo muxkulox e é ká um gato....







Morângulos com Açúcar – Episódio 4

Episódio Temático: a prenda do Alga

(No centro comercial do Colombo, Low, Safinha e Buécio)

Buécio: Ei, people, é hoje, o Alga faz anos hoje…
Lowgones: É verdade, men, já me esquecia.
Safinha: Pois é, bacanos, que prenda é que lhe vamos dar?
Lowgones: (com ar sardónico) O gajo é bué antiquado, podíamos dar-lhe um livro, sei lá, a Bíblia ou aquela história do Ulisses ou do Aquiles, ou uma cena sem pés nem cabeça…
Buécio: Nã, men, o gajo já tem essa merda toda, em cinco edições diferentes…
Safinha: Que cena marada, o qué uma edição?
Lowgones: Tás a ver uma prancha? Imagina outra prancha ao lado dessa. Cada uma é uma edição diferente. Tás a ver?
Safinha: Ya, já topei. É como, tipo, uma coisa diferente da mesma coisa.
Lowgones e Buécio (ao mesmo tempo): Ya miúda, tu tipo até que aprendes rápido.
Safinha: Ya, as pessoas dizem sempre isso. (depois de um breve silêncio)
Lowgones: Já sei, people, vamos-lhe dar o cd dos 30 anos do Dark side of the sea, daquela banda, como é que se chama?
Buécio: É dos Pink Floyd, e não é of the sea, é of the moon… Mas o gajo já tem essa merda toda, deve ter prá i uns cem discos desses gajos.
Lowgones: Ya, é essa cena toda, tens razão.
Safinha: Ei, tive uma ideia bué fora…
Lowgones e Buécio ao mesmo tempo: Conta, babe.
Safinha: O Alga tipo curte-me, não é verdade?
Low e Buécio: Ya.
Safinha: O Alga tipo perde a cabeça quando me vê, não é?
Low e Buécio: Ya, miúda.
Safinha: O Alga ficava doido da cabecinha se eu tipo lhe aparecesse à frente assim de uma forma tipo completamente marada, não é mesmo?
Lowgones: Ya, miúda, tu és tipo um génio.
Buécio: Tipo um ganda génio, mas comé que vais fazer essa cena?
Safinha: Bué simples. O Alga vai a fazer a festa no Bar Galhada, não é? Então a gente embrulhava-me, e eu aparecia de dentro de uma caixa gigante em forma de prenda e gritava Surprise!!!!
Lowgones: Tás a mangar, miúda, tu és bué marada!
Buécio: Que maradice, é isso mesmo, é a melhor prenda de todos os tempos…
Safinha: Mas vocês têm que me embrulhar, qu’eu não consigo embrulhar-me sozinha, pode ser?
Buécio e Low ao mesmo tempo: Claro, claro, a gente embrulha-te, a gente embrulha-te.
Safinha: E temos que comprar uma caixa gigante para me meter lá dentro.
Buécio: Ya, eu conheço um sítio com caixas gigantes para te meter lá dentro.
Lowgones: Bora, vamos fazer essa cena que o tempo tá a contar, a festa é hoje à noite.
Buécio: Bora.
Safinha: Buga.

(partem os três a correr, de mãos dadas, pelo centro comercial fora)

O episódio acaba no Bar Galhada com a Safinha a sair da caixa gigante a gritar Surprise!!!! e a cantar, com voz de Marilyn Monroe, Happy Birthday Mr Alga acompanhada pelos BAL'Z

domingo, março 16, 2008

El desierto de los niños

Nuestro primer sueño es una muchacha
-siempre una muchacha-
que camina por las calles de cristal
de la clínica donde nació.
Dossier de niños tiritando
de tanto viajar. Dossier de lunas en la ventana.
de parejas fugaces, utópicas,
besándose las manos.
Nuestro primer sueño es una muchacha, etcétera,
que camina por bodegones murmurando para sí misma
-la locura nos apartará del centroizzquierdismo,
la esperanza electriza a los más desesperados:
ideas retráctiles, suaves como la colección de fotos
que un adolescente guarda
para las improbables noches a campo libre,
pero que le ayudan.
Nuestro primer sueño es un horóscopo divertido, pesimista,
una muchacha leyendo el periódico
una tarde de verano,
las nubes que pasan por encimita del mar
(te creo, te creo, llueve interminablemente),
y otro que piensa: "la dureza de mi mirada"
mientras se lo sacude
después de mear sobre el muro.

(Bruno Montané y Roberto Bolaño)

Manifesto (anacrónico) da esquerda revolucionária:

Quem não percebeu a libido não percebeu nada.

quinta-feira, março 13, 2008

Morângulos Com Açúcar- Episódio 3

Cantina do colégio privado. Sentado, Buécio abana ligeiramente a cabeça com os fones postos, o que lhe sublinha o ar de adolescente refilão e mimado. Entra Safinha, na companhia de duas amigas com mochilas Eastpack e ursinhos de pelúcia pendurados. Cochicham e riem. Buécio está de costas. Safinha aproxima-se da mesa onde Buécio está sentado e cobre-lhe os olhos por trás.

Buécio: Eh, eh! Qu’ésta cena?!
Safinha (fazendo voz grossa): Tens qu'adivinhar quem é.
Buécio: Eh pá, ó Alga, deixa-te lá de paneleirices!
Safinha (continuando a fazer voz grossa): Gostas das mãuzinhas suaves do Alga, gostas?
Buécio: Man... (afasta as mãos dos olhos e vira-se) Safinha, és tu! Senta.
Safinha: ‘bigada. Caíste que nem um patinho, chaval. Tá-se?
Buécio: Yá, sempre.
Safinha: Chega cá, miúdo. Já ‘tava tipo com saudades tuas.
Buécio (encolhendo-se): Yá, também eu, babe. Mas já sabes que eu tipo não me sinto muito à vontade assim tipo à fente de toda a gente, ‘tás a ver?
Safinha: Ai é? E poquê?! As tuas 'miguinhas não gostam, é?
Buécio: Nah, népia! Que maradice! Desde que te conheço que me deixei dessas cenas, ‘mo! Sou só assim tipo envegonhado, ‘tás a ver?
Safinha: Hmmm... ‘tá-se bem. Qu’é que ‘tavas a ouvir aí no mp3? [zoom do mp3 para se ver bem a marca]
Buécio: Umas cenas porreiras que saquei da net, tipo a ver se tiro umas ideias, tenho qu'esgalhar umas malhas p’ós BAL’Z.
Safinha: Fixe, mas pagaste?
Buécio: Achas que sim, ‘mo? Com o novo tarifário que o meu velho arranjou é tipo sempre a sacar, 'tás a ver, sempre ligado.
Safinha: Oh, mas não podes fazer isso, miúdo, não sabes que a pirataria é crime? E os músicos também têm que viver, devem receber guita p'los direitos, não achas? Já viste se toda a gente ouvisse os BAL’Z sem pagar nada?
Buécio: Yá, nunca tinha pensado nisso. És mesmo esperta, babe. A partir de agora vou sempre pagar p'los meus downloads.
Safinha: Yá, fazes bem.
Buécio: Curto bués essa tua tshirt justa, Safinha, assenta-te mesmo bem.
Safinha: Ai sim, comprei-a ontem no shopping.
Buécio: Yá, bué baril. E também curto essa cor, cor-de-laranja.
Safinha: Yá, eu também curto bués cor-de-laranja.
Buécio: Já viste, ‘mo, a cor-de-laranja e a cor-de-rosa não têm tipo nome próprio.
Safinha: Como assim?
Buécio: Yá, o verde chama-se “verde”, o azul chama-se “azul”, o vermelho chama-se “vermelho”, mas tipo o cor-de-laranja é só da cor da laranja e o cor-de-rosa é da cor da rosa, ‘tás a ver?
Safinha: Yá, tens razão. Ond’é que viste isso, miúdo?
Buécio: Fui eu que pensei, ‘tás a ver.
Safinha: Fixe, tens mesmo pinta de filósofo. Devias pedir uns livros ao Alga.
Buécio: Yá, talvez faça isso. Ler até deve ser fixe.
Safinha: Olha que é mesmo muito fixe. E ajuda bués a desenvolver os miolos.
Buécio: Yá.
Safinha: Mas tu tens aí o jornal de hoje.
Buécio: Yá, curto ‘tar actualizado, ‘tás a ver, saber as cenas novas da política e da economia e dessa cenas todas.
Safinha: Uau, ‘tou impressionada, chaval.
Buécio: Yá, ainda me conheces mal, mas sou um bacano bué d'interessado, ‘tás a ver.
Safinha: Yá, mas ainda nem me peguntaste com'é que foi a cena das fomigas lombrófigas...
Buécio: Yá, mas ia peguntar já. Com’é que foi essa cena das fomigas lombófilas?
Safinha: Lombrófigas.
Buécio: Yá, isso. Com’é que foi? Ontem ‘tive lá na praia com o Low a vê-lo partir as ondas. Ainda pensei que te via, mas népia.
Safinha: Yá, man, mas nós fomos mais tarde, p'a não petubar o ciclo natural das fomigas. Correu fixe, bué da people alinhou.
Buécio: Fixe.
Safinha: Olha, miúdo, vou ter qu’ir p’á aula.
Buécio: Yá, eu agora tenho furo. Vais ter o quê?
Safinha: Vou ter Introdução às rupturas sociais na fonteira Paris-China. A prof até que é fixe.
Buécio: Fixe. Passo po tua casa depois das aulas?
Safinha: Népia, hoje não, a minha mãe ‘tá em casa. Mas podemos ver-nos no Bar Galhada.
Buécio: Yá, na boa.
Safinha: ‘Tá tudo fixe contigo? ‘Tás um bocado marado, sei lá, tipo down.
Buécio: Népia, ‘tá tudo fixe. Ando só com um bocado de sonambulidade.
Safinha: Então acorda, miúdo, qu'a vida é só um crédito.
Buécio: Yá, tens razão, ‘mo. Vais à festa do Alga?
Safinha: Claro, man, o Alga é meu amigo desde há bués. Desde qu'éramos chavais.
Buécio: Yá, claro. Boa aula, ‘mo.
Safinha: 'bigada. Chau.

Safinha pega nos cadernos e sai. Buécio volta a pôr os fones, agarra no suplemento desportivo e atira o resto do jornal para o caixote do lixo.

Morângulos Com Açúcar- Episódio 2

Fim de tarde. Esplanada perto da praia, no exterior do Bar Galhada, em Carcavelos. Lowgones enxuga o cabelo, depois de surfar. Buécio olha, pensativo, para o horizonte longínquo, para lá do Deserto dos Tártaros. Bebem umas minis da Super Bock. Mostra-se um grande plano das garrafas.

Lowgones: esta é a melhor mini que já bebi! Tem um sabor extremamente refrescante....Buécio, man, quéque tens?
Buécio (evasivo): não é nada, pá....são...tipo...cenas....
Lowgones: cenas o quê, meu? Não me digas que é tipo os teus pais terem-te baixado outra vez o plafond do cartão de crédito!
Buécio: antes isso puto, antes isso!
Lowgones: então é tipo o quê, chaval?
Buécio (depois de uma pausa): Lowgones, meu, acho que estou apaixonado!
Lowgones: apaixonado? Mas que cena marada é essa? Conta-me, é tipo com quem?
Buécio: com a Safinha....
Lowgones (dando uma carolada em Buécio): com a Safinha? Ah, ganda maluco! Mas a Safinha não gosta daquelas cenas da natureza, tipo das formigas zoófilas ou assim?
Buécio: Ya, meu! E é por isso que gosto dela! Ela é bué fixe! Ela é assim...sei lá meu, é tipo diferente!
Lowgones: diferente, tipo aquelas ondas bué da grandes que só aparecem uma vez por ano, e ficas todo marado quando olhas para elas?
Buécio: Ya, mais ou menos. Tás a ver, acho que não gosta só de mim pelos meus músculos, gosta tipo...do meu....daquilo que está aqui dentro da cabeça...tás a ver?
Lowgones (compreensivo): Yá!
Buécio: mas há uma cena, puto!
Lowgones: o que é? Ela não te curte?
Buécio: curte-me, claro, até já andámos enrolados e aos beijos e essa cena toda!!
Lowgones: Ah!! Ganda maluco, mano!! E como é que foi?
Buécio: Foi brutal!! Foi tipo...não tás a ver, puto...mas há, tipo, um problema...o Alga gosta dela!!
Lowgones (espantado): o Alga?? Mas o Alga não gosta de letra dura? E não toca aquele instrumento com umas teclas...como é que se chama...clarinete?
Buécio: piano, Low, piano!
Lowgones: Yá, isso! Como ele gosta de livros e toca piano, pensei que fosse, tipo, sei lá, paneleiro! Não é que tenha, tipo, alguma coisa de errado! Eu curto bués o Alga e os paneleiros também são pessoas!
Buécio: não, Low!! Que coisa! Ele não é paneleiro...ele, ainda por cima, faz anos na segunda feira, e vamos todos à festa, é uma cena muita marada, puto!
Lowgones: Yá, tou a perceber! É bué da má onda..olha, Buécio, tou farto de conversas filosófilicas, sei que curtes bué isso....mas bora lá para dentro mamar uns shots de formigas zoófilas e ver umas miúdas! O Homem do Bar Galhada tá a passar umas malhas brutais lá dentro!
Buécio: Yá, bora...mas olha, Low....(olhando para a câmara)...depois de beberes os shots não vás de mota para casa, tá bem? Isso, é tipo, um comportamento de risco!
Lowgones: tá descansado, man! Eu bebo, mas com moderação! E papo aqui uma miúda e fico já ali a comê-la nos balneários durante a noite toda!
Buécio: boa, puto! Mas usa preservativos! E pinta só graffitis nos sítios permitidos, tá bem?
Lowgones: e tu, usa também preservativo para ficares Safinho!
Buécio: LOLada

Fim do Episódio. Genérico final com a música dos BAL'Z.

quarta-feira, março 12, 2008

Morângulos com Açúcar - Episódio 1

(Ao crepúsculo, depois de sair da aula de Técnicas e Alusões Vagas ao Mundo e ao Ser, Algazel encontra Safo no corredor e decide declarar-lhe o seu amor, há muito entalado entre a região abdominal e a região pélvica)

Alga: Oooi, Safinha, tá tuti?
Safinha: Tá-se, Alga?
Alga: Ya, tá-se bué bem. Que fazes? Apetece-te um refresco?
Safinha: Nã, mano. Vou ter com a malta do Clube de Protecção da Natureza, hoje vamos fazer uma acção, tipo de sensibilização para a protecção das formigas lombrófigas. Descobriram-se há pouco tempo ali tipo na praia de Carcavelos, e os gajos, aqueles gajos científicos da associação dizem que são únicas no mundo e tão em prigo distinção. Bigada na mesma.
Alga: Ah. Mas eu sempre pensei que na praia de Carcavelos só havia surfistas…
Safinha: Ya, há bué da surfistas, e até já lá vi o Lowgones a surfar, ele surfa bué… Mas também há formigas lombrófigas…
Alga: Nunca pensei que o Low surfasse na mesma praia onde existem formigas lombrófigas…
Safinha: Ya, é a pura verdade.
Alga: Ya acredito…
Safinha: Beijocas, vou andando…
Alga: Espera!!!! (agarra-lhe o braço e puxa-a com certa violência – ficam cara a cara)
Safinha: Qué que quéres? Poqué que tás a fazer esta cena?
Alga: Sei lá, era fixe se viesses tomar um refresco comigo, sei lá…
Safinha: Alga, tas a ficar marado, já te disse que não posso…
Alga: Ya, tens razão. Tou a ficar marado…
Safinha: Deixa lá, essa cena acontece a toda a gente…
Alga: Ya tens razão… Desculpa. Continuamos amigos?
Safinha: Ya, men, isso passa-te…
Alga: Ya, isto passa-me. Bem, tchau…
Safinha: Tchau, jocas… (afasta-se na direcção do bar e senta-se na mesa do Buécio, a tomar um refresco)


(Alga afasta-se em direcção ao crepúsculo, agora quase diluído na noite, sentindo-se como uma formiga lombrófiga com o ar de quem não tem Clube de Protecção da Natureza que o proteja)

segunda-feira, março 10, 2008

Músicas modernaças feitas por homens com bigode à Errol Flynn- nº8

domingo, março 09, 2008

Morângulos Com Açúcar- Os Outros Personagens- nº1

Aproveitando a grande ideia do meu caro colega Algazel, apresentamos agora os personagens da blogonovela "Morângulos Com Açúcar". Começamos pela banda residente, os BAL'Z (Boécio, Algazel, Lugones e Safo, mas com Z, para ter mais estilo) e por um dos seus membros, o meu homónimo Lugones. Os BAL'Z são mais um alter ego do Ângulo Saxofónico e pretendem captar um público adolescente para este blog. Falemos agora deste membro do grupo:
Lugones. É o dançarino do grupo. Gosta de fazer surf, skateboard, bodyboard, snowboard, corridas de BMX e pintar graffitis. E não se droga. Canta e dá aulas de hip-hop. Tem um pescoço esquisito, parece que lhe colaram a cabeça a um corpo diferente, mas deve ser mentira, pois pratica culturismo. Oculta um segredo: no fundo do coração, é um geek. Existem sinais na sua aparência exterior que o confirmam, como o facto de usar as calças puxadas para cima, como se fosse um toureiro. É fã do Rocky, como podemos ver pela tshirt comprada na Cinecittà.

sábado, março 08, 2008

Estreia Absoluta na Blogosfera

Não perca, brevemente, em estreia absoluta na blogosfera, a primeira blognovela nacional dedicada a jovens imaturos e com estilo. Disponibilizada em capítulos claros e concisos, esta blognovela fará parte da sua vida, mostrando os prazeres, as alegrias e os contentamentos sem par que o quotidiano bloguístico proporciona a todos aqueles que de algum modo vivem o quotidiano (não apenas blogosférico, mas também atmosférico). Teremos a Turma do Ângulo, composta pelos miúdos traquinas que você já conhece, o Bar do Fred, onde os miúdos traquinas que você já conhece vão casualmente aparecer para tomar um copo e topar as miúdas que por lá passam, teremos Cascais em versão bloga e muitas outras cenas bué maradas, como a caixa de correio electrónico da Maya. Morângulos com Açúcar, brevemente neste blog.

Músicas feitas por homens com (penteado ridículo e) bigodes farfalhudos (e que param a meio)- nº7

quinta-feira, março 06, 2008

A Turma Do Ângulo

Nas muitas cartas que recebemos (e neste trimestre já vão em duas), os leitores pedem-nos para termos um comportamento mais humano, menos inacessível, e para descermos um pouco do nosso pedestal existencialista. Caramba! 4 bloggers com designações de escritores, a maior parte com nomes esquisitos. Lugones? Boécio? Algazel? Safo? O que é isso?!
Assim, e para poder agradar aos nossos queridos leitores, decidiu-se criar um novo alter ego para os autores deste blog. Surge a "Turma do Ângulo", 4 divertidas personagens de Banda Desenhada, cujas peripécias serão, doravante, seguidas em tiras cómicas. Eis as personagens:

O fantástico Boécio. Jovem, traquinas, boémio e bem disposto, amigo do seu amigo. Está sempre pronto para a aventura e quando é necessária uma dissertação filosófica, lá está o Boécio para ajudar! Enfim, um excelente rapaz! 3 Urras para ele!

O Lugones. Tem a mania de que é engraçado. É o espirituoso da festa. Mania? Não! Personagem genial, dotada de uma inteligência sobre-humana e com capacidades de escrita acima da média. Enfim, mais palavras para quê? Amem-no, por favor!

O valente Algazel. Brilhante animador de festas de salão, pois é um
exímio tocador de pianola. Tem tendência para empreender grandes
viagens e dizem que gosta do deserto, de preferência o dos Tártaros, e da
Índia. Palmas para ele!

A inigualável Safo. Personagem misteriosa, capaz de escrever textos
sobre Moby Dick, intercalados com odes sobre as enzimas e textos sobre
comboios. Às vezes, parece que nela habitam várias personagens, mas é
um problema comum aos 4 bloggers. Dá-lhe com força, Safo!

E pronto. São estes os novos personagens. Esperemos que eles vos
divirtam e vos encham o coração de alegria e boa disposição!

terça-feira, março 04, 2008

Músicas feitas por homens (invisuais e de cor) com bigode farfalhudo (trancinhas e mosquinha que parece um zangão)- nº6

Músicas feitas por homens com bigode (não tão) farfalhudo- nº5